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O vale-tudo da batucada

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Ramon Ribeiro
Repórter

Vassouras, carrinhos de supermercado, baldes, caixas de fósforo. Objetos comuns do dia-a-dia, tudo vira instrumento para o grupo britânico Stomp, sucesso no mundo todo, e que há 20 anos está em cartaz na Broadway com a sua mistura de percussão, teatro e dança.

A companhia está pela primeira vez em Natal e se apresenta de terça (05) a quinta (07) no Teatro Riachuelo. No palco, oito artistas se dividem em esquetes musicais, sempre tocando os instrumentos ao vivo e com tiradas cômicas.

A reportagem do VIVER conversou com o percussionista baiano Marivaldo dos Santos, único brasileiro em turnê com o elenco da companhia. Embora o apelo percussivo seja o motor do espetáculo, para ele uma das maiores marcas do grupo é o humor: “O Stomp tem isso, que talvez seja uma coisa única, que todo o ritmo ele é criado com o teatro, com uma linha de humor. É um show que interage com o público, que é alegre, que não existe fala, mas qualquer pessoa pode entender”, conta o músico, que há quase duas décadas faz parte do espetáculo na Broadway.
Único brasileiro do grupo, Marivaldo dos Santos fala sobre projetos solos aqui e lá fora
“A vassoura é um dos símbolos do Stomp, latas de lixo e de tinta também sempre estiveram no repertório. Mas algumas novidades podem ser vista, como os carrinhos de supermercado, pias, caixinhas de fósforo, que é uma influência brasileira, além de tubos de borracha e o próprio corpo”.

Projeto Social
Hoje com 42 anos e morando em Nova York, Marivaldo dos Santos já tocou com renomados artistas como Sting, Wyclef Jean, Lauryn Hill, Paul Simon, Joshua Bell, Daniela Mercury, Margareth Menezes, Ivete Sangalo. Mas tudo começou em Salvador, quando ainda pequeno aprendeu a jogar capoeira e a tocar percussão.

Na virada da década de 1980 para 90, o multi-instrumentista chegou a fazer shows folclóricos no Pelourinho para turistas. Mas foi em 1991 que ele embarcou para Nova York com sua irmã para colaborar na composição musical das coreografias dela.

Aos poucos Marivaldo foi conhecendo outros músicos na cidade americana até entrar no grupo Stomp, depois de ser aprovado numa audição com mais de 2 mil inscritos.

Toda essa experiência serviu para Marivaldo montar o Quabales, um projeto socioeducativo cultural que atende 60 crianças e adolescentes de baixa renda no Nordeste de Amaralina, bairro onde nasceu.

“Moro em Nova York, mas estou sempre em Salvador dando aulas e buscando coisas novas para o projeto. Ensinamos percussão baiana com a linguagem do sopro, violão, dança de rua, canto, tudo com esse viés da percussão performática, que é próprio do Stomp, que é parceiro do projeto”, comenta.

E não para por aí. A nova iniciativa de Marivaldo é o grupo

Urban Sounds, com alunos destacados do Quabales.

“É um grupo performático focado nos sons urbanos, com dança, rap. Estamos ensaiando para logo sair em turnê”, diz.

O que
Stomp é um britânico de percussão, que ganhou notoriedade com a mistura de  teatro, dança e ritmos fortes criados com objetos do dia-a-dia. Já passaram por mais de 350 cidades de 36 países.

Quem
Marivaldo dos Santos é compositor e multi-instrumentista baiano, faz parte do grupo STOMP e também se apresenta com renomados artistas do Brasil e do exterior.

De  Brighton para o mundo
Com uma combinação única de percussão, movimento e comédia, o Stomp foi criado em Brighton, na Inglaterra, em 1991, como resultado de uma colaboração de dez anos entre os criadores Luke Cresswell e Steve McNicholas.
Há 20 anos a companhia faz sucesso em apresentações na Broadway e na London West End, sempre usando  instrumentos inusitados, além do próprio corpo dos artistas.

Stomp
Dias: terça (5) e quinta (7) às 21h; quarta (6) às 17h30 e 21h
Ingressos: R$40 (frisas), R$50 (balcão nobre), R$70 (plateia A, B), R$120 (camarotes).
Local: Teatro Riachuelo (Av. Bernardo Vieira, 3775 / Natal – RN)
Contato: 4003 1212

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