terça-feira, 30 de abril, 2024
27.1 C
Natal
terça-feira, 30 de abril, 2024

“Orla Segura” já autuou 87 motoristas nas praias do RN

- Publicidade -

Isabela Santos – repórter

O trânsito de veículos na beira-mar está sendo fiscalizado diariamente no litoral do Rio Grande do Norte. Parte da Operação Verão, iniciada no dia 13 de dezembro, a Operação Orla Segura é realizada em parceria da Polícia Militar com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Até hoje (7), 87 pessoas haviam sido notificadas por dirigir em lugar proibido ou de forma irregular.

Apenas veículos autorizados pela Secretaria de Turismo têm acesso a alguns pequenos trechos da orla, em uma velocidade máxima de 50 Km/h (ver infográfico). Também eles são penalizados quando pegos transitando em área não permitida.
Motoristas que trafegam pelas praias são alvos de fiscalização do Detran e PM
Transitar por lugares proibidos é infração média. A penalidade é de quatro pontos na carteira de habilitação (CNH) e multa de R$ 83,00. Os agentes pedem aos motoristas para que retirem os veículos do local e estacionem ou trafeguem em via apropriada. Somente se a orientação for desobedecida, o veículo é apreendido. A situação pode configurar ainda desacato.

Duas das notificações foram na manhã do feriado de Reis Magos ( dia 6), quando uma dupla de policiais da esquadrão Águia fiscalizava a movimentação de veículos. De acordo com o soldado Campos, dois carros, Hilux e Vitara, foram notificados em Porto Mirim por estarem na areia. Contudo, a maioria das infrações ocorre em Jacumã e Pitangui, litoral Norte. Pelo menos 30%  dos registros são nessas praias.

Também foram registradas infrações em praias do litoral Norte, como Graçandu, Porto Mirim e Maxaranguape e litoral Sul, Cotovelo, Pirangi, Pirambúzios, Camurupim e Barreta. No feriado da terça-feira (6), a equipe de reportagem da Tribuna do Norte percorreu o litoral entre Jenipabu e Muriú, presenciando algumas infrações. Duas motocicletas e camionetas.

Automóveis, buggys, quadriciclos, motocicletas e outros veículos são fiscalizados. De acordo com o tenente Styvenson Valentim, até mesmo os reboques de barcos precisam estar de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito (CTB). 

“Eles também precisam estar regulamentados, registrados, com documentação e placa, em perfeitas condições. Já foram flagrados pelo menos dois em desacordo com as normas e foram levados para o Detran”, disse.

Em média, 50 abordagens são feitas diariamente, inclusive à noite, nos litorais Sul e Norte por uma grupo do Comando de Polícia Rodoviária Estadual formada por 12 soldados e 2 tenentes. A equipe é a mesma que realiza a Operação Lei Seca na capital. O objetivo é conscientizar os condutores dos riscos de trafegar próximo aos banhistas e coibir a embriaguez ao volante. De acordo com o tenente Styvenson, pelo menos seis já foram apreendidos dirigindo alcoolizados.

“Já não é permitido dirigir na praia. Imagina a pessoa bêbada, dirigindo com a praia cheia. Vai provocar acidentes”, alerta. O morador de Pitangui, Jonas Fernandes concorda. “Carro e moto passam por aqui, mas é muito perigoso com a praia lotada como está”, disse, pouco depois de presenciar um adolescente pilotando motocicleta sem capacete perto dos turistas. Nesse caso, em que o condutor é menor. O seu responsável é quem responderá pela infração, podendo perder a CNH.

O bugueiro Laécio Rogério, na profissão há 20 anos, também concorda com a regulamentação do trânsito nas praias e elogia as ações da Operação Verão 2015, diz que esse ano está “eficiente”.

“São 600 permissionários, 400 vêm para o litoral Norte. Nós sabemos o percurso que temos que fazer, mas imagine encontrar uma 4×4 vindo no sentido contrário no meio das dunas. É um perigo para todos”.

Laécio também reconhece que alguns colegas passam por áreas que por determinação devem ficar livres de veículos e concorda que sejam penalizados. “São poucos os trechos onde podemos ir da orla. Onde tem concentração de casas e banhistas não pode”.

O tenente Styvenson avisa que “se passar um metro da área permitida”, o bugueiro já será notificado. “Se não for desse jeito, as pessoas não tem limites”, lamenta.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas