Everaldo Lopes [[email protected]]
Os torcedores mais novos não assistiram jogar campeões brasileiros dos anos 70, 80 e 90, três décadas dos que haviam assistido os Mundiais de 1958 e 62, e testemunhas oculares da equipes campeãs de 1970 e 1994. Os jovens de hoje viram apenas a vitória de 2002, vendo três novas seleções ganharem em 2006, 2010 e 2014 recente. Escrever sobre essas seleções não é nem necessário porque muito já foi dito e as televisões mostram, repetidamente. Se as seleções ganharam copas é porque tinham bola pra tanto. E se havia craques é porque os clubes estavam repletos de jogadores valorosos. O Atlético Mineiro, primeiro campeão brasileiro de clubes tinha seu timaço, e os mais velhos vão confirmar o que esta coluna registra. Atlético campeão de 1971 com Renato, Humberto, Grapete, Vanderley e Oldair, Vantuir e Spencer, Ronaldo, Humberto Ramos, Dario e Romeu.. Técnico, Telê Santana. O futebol brasileiro havia acabado de sair da conquista mundial de 70.
Palmeiras era grande
Era também outro timaço, o do Palmeiras, campeão daquele ano com Leão, João Carlos, Dudu, Luiz Pereira e Polaco, Zeca e Ademir da Guia, Edu, Madurga, Leivinha e Nei. Técnico, Osvaldo Brandão, que brilharia ainda bastante. Palmeiras, campeão brasileiro de 72 e o bi do verdão do Parque Antárctica, com poucas mudanças. Confira: Eurico, Alfredo, Luiz Pereira, Dudu e Zeca, Ronaldo, Ademir e Leivinha, César e Nei. Técnico, ainda Osvaldo, bicampeão.
A vez do Vasco
O Vasco daquela década era outro. o Vascão campeão brasileiro de 74, com este time: Andrada, Fidelis, Miguel, Moisés e Alfinete, Alcir, Zanata e Ademir, Jorginho, “Dinamite”e Luiz Carlos. Técnico, Mário Travaglini. Em 1975 quem brilhou foi o Inter/RS, campeão brasileiro e vice. Eis os dois times: o de 75 com o pernambucano Manga, Figueroa, Hermínio, Fraga e Caçapava, Falcão e Lula, técnico Rubens Minelli. – O potiguar Lula, cria do Ferroviário de Natal, pernambucano que chegou pra morar em Natal aos dois anos. Foi dos maiores extremas esquerdos do Brasil. O bi do Inter/RS contou com Manga, Cláudio, Figueroa, Marinho Peres e Vacaria, Caçapava, Falcão e Batista, Dario e Lula bicampeão, tendo “Duque” como técnico.
São Paulo reagiu
O ano de 1977 foi de outro paulista: o São Paulo, ao derrotar o Atlético Mineiro. O treinador era Rubens Minelli, um dos mais talentosos daquela década. Na final, caiu o “Galo” mineiro, 0x0, placar que valeu o título, com este time, nas penalidades. São Paulo com Valdir Peres, Getúlio, Tecão, Bezerra e Antenor, Chicão, Zé Teodoro e o uruguaio Daryo Pereira, Zé Sérgio, Mirandinha e Viana. Técnico, Minelli. Curiosidade: Zé Teodoro, que há pouco treinou o ABC, fez parte dessa equipe campeã.
Olhar enviesado
Leio no blog do companheiro Marcos Lopes, que o Secretário Estadual de Esportes, Joacy Bastos disse ao “Novo Jornal” que, o “Marizão”, de Caicó, é um excelente estádio, um dos melhores do Rio Grande do Norte. E tem um ótimo gramado também. Não chega ao nível da Arena das Dunas, obviamente, mas é muito bom. Muito bom mesmo. Os torcedores caicoenses assistem aos jogos com bastante conforto. Acho que o próximo prédio interditado devia ser o da própria FNF, que está caindo aos pedaços”. Segundo Marcos, da TN/Globo, deve ser a proximidade com o fim do governo Rosalba, e a perda do cargo. Ou então brincadeira, ou caso de total desinformação” de Joacy.
OLHAR ENVIESADO (II)
Não li o texto do “Novo Jornal”, mas pela observação feita por Marcos Lopes, o colega Joacy deve ter dado sua opinião sobre o Marizão, através informações de terceiros, já que há muito se ouve reclamações sobre a situação do estádio caicoense. A não ser que a reforma tenha acontecido recentemente, o que se supõe improvável pelas dificuldades financeiras do governo do estado. Não seria agora, próximo de uma nova administração, o estado tenha investido no Marizão.
CURIOSIDADE
No jogo dramático Sport 2×2 Flamengo, domingo, uma faixa grande tinha estes dizeres: “Leões do RN.” Não se sabia que no RN o Sport Recife tem torcida organizada.