A exonoração da secretária de Saúde de Natal, Ana Tânia Sampaio, foi considerada um retrocesso pelos membros do Sindicato dos Servidores Públicos de Natal (Sinsenat). Para a presidente do sindicato, Soraya Godeiro, a demissão da secretária, que ocorreu nesta terça-feira (13), deve estar relacionada a interesses do setor privado e, mais especificamente, a cooperativas médicas.
Fazendo elogios à postura com que Ana Tânia conduziu a pasta, Soraya Godeiro disse que os servidores da Saúde estavam satisfeitos com a forma como a secretária cobrava resultados e, principalmente, assiduidade dos profissionais. De acordo com a sindicalista, Ana Tânia denunciou mais de 100 médicos que não estariam cumprindo a carga horária nas unidades de Saúde e fazia frequentes fiscalizações para saber se os profissionais de todas as áreas estavam cumprindo o expediente.
Outro ponto levantado pela sindicalista é que o setor privado também não teria interesse no fortalecimento do SUS. Para Soraya Godeiro, trata-se de uma “concorrência” e “não é interessante para os donos de hospitais privados e profissionais da área de Saúde privada que uma pessoa como Ana Tânia trabalhe pelo fortalecimento do SUS”.
“Os médicos estavam insatisfeitos com a cobrança. Coicidência ou não, eles tinham uma paralisação programada para a segunda-feira (12) e, depois de uma reunião na Prefeitura, eles desistiram da paralisação e Ana Tânia foi exonerada”, disse Soraya Godeiro.
Ana Tânia Sampaio prometeu se pronunciar sobre sua exoneração apenas na sexta-feira (16), quando deixa a pasta oficialmente.
