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Vagas vinham aumentando no Estado desde 2011

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Por ser um programa pulverizado entre governos estaduais, unidades federais de ensino e prefeituras, são poucos os números referentes a vagas abertas no Rio Grande do Norte pelo Pronatec. No entanto, elas vinham crescendo nos maiores municípios do Estado desde que foi criado em 2011. Natal, por exemplo, tinha meta de atingir 10 mil vagas no ano passado, 92% a mais que as 5.190 ofertadas em 2013. Em Parnamirim, a parceria com o governo federal previa 5.500 vagas ao longo do ano passado, 37% a mais que em 2013.

#SAIBAMAIS#Antes mesmo de ser atingido pelos cortes do ajuste fiscal, o programa já dava sinais de que alguma coisa estava errada. Reportagem publicada na TN do dia 10 de maio revelava: “Apesar de ter matriculado mais de 100 mil alunos entre os anos de 2011 e 2014 em quase todos os municípios potiguares, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) vem reduzindo a oferta de vagas desde o ano passado. Somente em uma das instituições ofertantes dos cursos, a Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o recuo ficou em 86%. Para este ano, o Ministério da Educação, que administra o Pronatec, mudou a data de início das aulas duas vezes e o primeiro semestre já é tido como perdido pelas instituições de ensino [….] Além da redução da oferta de vagas, o Governo Federal deve mais de R$ 1,6 milhão à Escola de Enfermagem da UFRN, que oferece cursos técnicos e de formação inicial e continuada em diversas áreas.”

Já o Ciência sem Fronteiras, desde que foi criado, beneficiou  1.695 estudantes no Rio Grande do Norte, sendo que metade deles dos cursos de engenharia. O RN é o 13º do país em número de beneficiários. Em todo o Brasil, foram 22.646 beneficiários.

Saudado como uma iniciativa para qualificar mão de obras destinada ao mercado de trabalho, e de preparar os empreendedores que pretendem abrir seus próprios negócios, especialmente na área da beleza, o Pronatec também é alvo de críticas. Para o professor Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Gaudencio Frigotto, “oferecer cursos técnicos rápidos a pessoas que não completaram a educação básica não resolve o problema de falta de mão de obra capacitada no país. Para ele, o programa reproduz modelos antigos e favorece as redes privadas de ensino superior no país.

“São dois problemas: o Pronatec reedita programas do passado e virou um caça-níquel para universidades privadas que não têm nenhuma tradição em cursos técnicos, mas que percebem uma forma de ganhar dinheiro”, afirma.

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