Era para ser apenas um ato de apoio à Operação Impacto, conduzida pelo Ministério Público para investigar possíveis atos de corrupção na Câmara de Vereadores de Natal, mas a lavagem da casa legislativa por integrantes de movimentos sociais terminou em tumulto e confusão. Nesta tarde, manifestantes tentaram entrar no prédio para assistir à sessão e foram impedidos pela guarda interna. Durante 15 minutos, manifestantes e segurança entraram num embate, inclusive com algumas pessoas agredidas.
De baldes, vassouras e sabão nas mãos, os manifestantes lavraram a entrada da câmara e sob lema: "dinheiro na mão, veto no chão". Faixas e cartazes também demonstravam o repúdio ao possível recebimento de propina no legislativo municipal. Os manifestantes ocupavam esquinas e mobilizam os condutores de veículos que trafegavam no entorno. O objetivo do ato público era demonstrar apoio às investigações para descobrir quem estavam pagando pelos votos contra os vetos do prefeito ao Plano Diretor, exigir a cassação do mandato dos envolvidos e, principalmente, a anulação da sessão.
"Queremos saber quem é maior interessado na derrubada da emenda de número 3", questionou Joluzia Batista, do Coletivo Leila Diniz. "Se já tiver um vereador envolvido, já é motivo para anular a votação", argumentou Raimunda Lado, da Ong Fé e Alegria, recomendando o estabelecimento de uma nova votação.
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