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Atenção básica será prioridade

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REITOR - Manoel Pereira destaca diferenças em relação à UFRN

A Universidade Potiguar já está com quase tudo pronto para o funcionamento do curso de medicina, o 11° na área da saúde e o 46° desde que a entidade foi criada, há 25 anos. Tem laboratórios de última geração, unidades de saúde para as aulas práticas, número de vagas definido, data da realização das provas do vestibular, mas ainda não definiu o principal: o valor da mensalidade.

Especialistas consultados pela TN, no entanto, estimam em R$ 1.800, que é a média cobrada pelas universidades privadas no Nordeste. Em Brasília, por exemplo, a mensalidade é de R$ 2.492, com desconto, para quem pagar em dia. “Não vou falar em valores agora porque a planilha de custos ainda está sendo elaborada”, disse o reitor Manoel Pereira dos Santos, numa entrevista à TV União. Ele garante que o valor constará do edital que será publicado no final de março e início de abril contendo todas as informações sobre o processo seletivo para a primeira turma de 60 alunos. “O curso de medicina, autorizado pelo Ministério da Educação, vem consolidar o pólo de Saúde da UnP”, acrescentou.

As aulas práticas serão ministradas no Hospital Regional e nas unidades de saúde da Prefeitura de Parnamirim, onde está sendo construído um novo prédio para abrigar a maternidade Dr. Sadi Mendes, que passará a funcionar como maternidade-escola.

Manoel Pereira explica que a proposta pedagógica para o curso de medicina da UnP difere, e muito, da proposta utilizada há décadas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Nosso projeto é inovador. Permite que, a partir do primeiro dia, o nosso aluno já esteja conciliando a teoria à prática. Daí a importância de nossa parceria com a prefeitura de Parnamirim. O egresso da UnP estará apto a trabalhar, sobretudo, com o foco na atenção básica de saúde.”

O reitor informa ainda que o curso de medicina foi pleiteado pela UnP após minuciosas pesquisas para identificar o potencial de mercado. Segundo ele, a grade curricular foi definida seguindo três diretrizes – o fortalecimento da atenção básica de saúde, uma prioridade dos ministérios da Saúde e da Educação; a realidade estadual (o RN tem muitos especialistas e poucos clínicos gerais) e as necessidades do mercado.

Como o curso de medicina é um dos mais concorridos na UFRN, grande parte dos alunos reprovados procura outros estados para tentar vaga nas universidades privadas. E há muitos norte-rio-grandenses nessa situação. É o caso de um empresário natalense, que preferiu não ser identificado. Ele gasta em torno de R$ 8,5 mil mensais para manter dois filhos na Universidade Planalto Central (Uniplac), de Brasília. Metade desse valor é gasto com hospedagem.

O projeto de instalação de um curso de medicina na UnP consumiu dois anos de trabalho e envolveu 50 profissionais que se debruçaram desde as pesquisas de mercado até a montagem da grade curricular.

Entrevista/Manoel Pereira: "União do conteúdo teórico com a prática "

Como vão ser essas aulas práticas logo no início do curso?
MP: Nosso curso é ofertado em tempo integral. Na carga horária de cada disciplina, ele terá um professor que estará na sala de aula ou acompanhando o aluno da visita ao hospital, maternidade ou centro de saúde. No estabelecimento de saúde haverá um professor orientador que vai receber esse aluno. O aluno não vai simplesmente para observar. Ele receberá um conteúdo teórico, vai observar a parte prática, e depois se obriga a apresentar relatórios.

O que falta para ser definido o valor da mensalidade?
MP: Nós temos informações a respeito dos preços em todos os estados do Nordeste. Mas estamos concluindo nossos custos internos. Mas será dentro de uma realidade de mercado para oferecer um curso de qualidade e, com isso, consolidar o nosso pólo de saúde.

Qual a média de preços das mensalidades cobradas pela UnP na área da saúde?
MP: Varia em razão do número de laboratórios e do material utilizado. Geralmente o curso de medicina tem um valor maior, mas a mensalidade será dentro de nossa realidade.

Nessas pesquisas de mercado, que tipo de informação interessa à UnP?
MP: Três coisas. Quando a gente lança um curso, quer saber se a demanda é uma bolha ou se a demanda de mercado é algo permanente; segundo, a necessidade do mercado e, terceiro, que os nossos projetos possam ser oferecidos em razão da necessidade e da tendência do mercado. Não tenho dúvidas de que a opção de formar médico voltado para atenção básica da saúde vai ser um sucesso.

Então poderíamos dizer que a UnP vai formar profissionais para a rede pública de saúde?
MP: Veja. Nos hospitais particulares, hoje, o grande volume de atendimento são profissionais do SUS. Os nossos profissionais estarão habilitados para a pequena e a grande complexidades. 

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