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Economistas preveem nova alta em novembro

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São Paulo (AE) – O ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências Consultoria, Gustavo Loyola, disse ontem que a alta de 0,25 ponto porcentual na Selic é um sinal de que o órgão busca “recuperar a credibilidade da política monetária após o embate eleitoral”, numa sinalização ao mercado de uma maior rigor da política monetária. Para Loyola, outro fator determinante para o aumento da Selic foi a inflação ainda resistente e acima do teto da meta de 6,5% ao ano determinada pelo governo. “A decisão visa frear a inflação que, ao contrário do que o Bando Central esperava, mostra resistência, e tem ainda como e objetivo de recuperar a credibilidade da política monetária para recobrar as expectativas positivas após os embates”, disse Loyola ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Loyola lembrou que a comunicação feita recentemente pelo o BC sinalizava que a “porta não estava totalmente fechada” para novas altas. O ex-presidente da autoridade monetária, no entanto, considerou que a decisão do aumento na Selic era esperada pelo mercado para um médio prazo, entre o final deste ano e 2015. “Tinha um campo minoritário que apostava nisso (alta ainda este ano) e um número maior achava que viria mais adiante. Na Tendências tínhamos um ‘call’ do aumento para ano que vem.

O aumento decidido na 186ª reunião do Copom , indica que o Banco Central (BC) retomou o ciclo de alta, disse o economista-chefe do Besi Brasil, Jankiel Santos. De acordo com ele, em dezembro a Selic deve ter nova elevação porque, se o BC está mirando a inflação, 0,25 ponto não será suficiente para conter a taxa.

A alta surpreendeu a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ). “O Copom parece não ter dimensionado bem o momento vivido pela economia doméstica ao elevar os juros básicos. Diante dos comportamentos recentes da atividade econômica, das contas públicas e dos índices de preços, o Banco Central preferiu não reconhecer a limitação do arrocho monetário como estratégia de controle da inflação a todo custo”, cita a entidade, em nota.

Para a Fecomércio RJ, a alta dos juros já cumpriu seu papel na ponta. “Com 70% da dívida do país atrelados à Selic, elevações dos juros já observadas, além de terem inibido o consumo das famílias, o giro das empresas e investimentos em geral, ainda impactaram a condição das contas públicas. O aumento da Selic prejudica, portanto, o reaquecimento da economia e a saúde das finanças públicas”, destaca a nota.

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