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Dia do Trabalho é bom para a Direita, Esquerda ou Centrão

Cassiano Arruda Câmara

A primeira comemoração do Dia do Trabalho no Brasil ocorreu em 1º de maio de 1895, em meio às lutas trabalhistas e reivindicações por melhores condições de trabalho, principalmente após a greve geral de 1889. A data foi oficializada como feriado nacional em 1925 pelo presidente Artur Bernardes, ganhando um sentido oficial.

Quanto aos países que não comemoram o Dia do Trabalho, é importante notar que a data pode variar de país para país e algumas nações podem não ter um feriado específico para esse propósito. Em alguns lugares, o Dia do Trabalho é celebrado em datas diferentes ou é combinado com outras celebrações. Além disso, há países onde o feriado do Dia do Trabalho é conhecido por outros nomes ou é celebrado de forma mais discreta. Por exemplo, na China, o Dia do Trabalho é celebrado em 1º de maio, mas é mais focado em eventos oficiais e cerimônias do que em festividades públicas.
O feriado, 30 anos depois da institucionalização da data, é a comprovação de como se instala uma comemoração importada. O que não significa nada de negativo.

BOM PARA TODOS

O primeiro de maio, foi uma data que terminou servindo a todos os governos, independente de ideologia. Quem primeiro se apropriou, aqui, foi a ditadura de Getúlio Vargas que, tendo assumido a legislação criada por Benito Mussolini completou o discurso, fazendo uma festa igual.
Era tudo que Getúlio necessitava para dar consequência ao se discurso “trabalhista”, atendendo ao trabalhador urbano, enquanto a grande maioria dos trabalhadores do campo eram “atendidos” pelo PSD dos coronéis que garantiam o apoio político do interior do Brasil agrícola, a Vargas.
Em 1927, Mussolini impôs a Carta de Lavoro, que instituiu na Itália a Justiça do Trabalho e estabeleceu as normas para trabalho noturno, descanso semanal e férias anuais.
Ouvir que a Consolidação das Leis do Trabalho (1943) foi uma cópia da Carta del Lavoro (1927) está cada vez mais comum, porém implica em uma simplificação — e até um erro histórico num autoritarismo relevante.
Esta bandeira de Getúlio Vargas voltou a ser desfraldada pelo seu Governo nos anos ´50, quando Vargas foi legitimado pelo voto popular, e ele aceitou de bom grado a condição de “pai dos pobres” confirmado pelo suicídio, enquanto Presidente da |República eleito pelo voto, para não ser deposto de novo.
João Goulart também pegou a bandeira de Vargas, e o seu Governo, com tinturas esquerdistas, acusado de querer montar uma república sindicalista, pelos militares que o derrubaram, manteve a posição enquanto governou.

USADO ATÉ PELOS CONTRAS

Por incrível que pareça foram os militares que terminaram desarquivando o sentido oficialista das comemorações do 1º de Maio. Ou seja, a mesma festa tanto serve para governos de direita ou de esquerda, numa alternância de fazer inveja…
Aliás como ocorre agora, na hora em que o Brasil parece dividido entre bolsonaristas, de extrema direita, e os esquerdistas do PT que voltaram ao governo com Lula.
No dia de hoje não deu para ninguém do Governo Lula agarrar as festas do Dia do Trabalho, e o pessoal da Bolsonaro tem outros pontos a serem comemorados, sem maiores divisões.
Sem esquecer que no meio do caminho apareceu um fato novo, a Reforma Trabalhista feita em 2017 no governo Michel Temer, torpedeada por Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT). Enquanto o ex-presidente diz que “a mentalidade de quem fez a reforma trabalhista é escravocrata”, Ciro afirma que foram dados “golpes profundos” contra o trabalhador e, embora reconheça que tenham sido feitas atualizações necessárias na legislação, defende “diálogo” para “corrigir distorções”.

REFORMA SEM DONO

A reforma quebrou a rigidez histórica da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) de herança getulista, para trazer avanços como a validade jurídica dos acordos fechados entre empregado e empregador à margem da legislação (precedência do “negociado” sobre o “legislado”). Se forem consultadas as estatísticas, é inequívoca a constatação do êxito.
Um bom exemplo é o ano de 2018, quando a reforma entrou em vigor: foram criadas 529.554 novas vagas formais, já descontadas as demissões, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi o primeiro saldo positivo em quatro anos e o melhor resultado desde 2013. De 2018 até maio passado, o saldo de novas vagas formais alcançou 4.798.117.
Enquanto o discurso serve a todos os governos, enaltecendo o Dia do Trabalho comum a todos. Tanto vai bem pela esquerda como pela direita. E até ao Centrão. O Dia do Trabalho é de todos.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião da TRIBUNA DO NORTE, sendo de responsabilidade total do autor.

O Turista 4.0: Navegando nas Novas Ondas do Turismo Global

Ângelo Sanches Thurler
Consultor, mentor e palestrante

No horizonte do turismo global, surge uma figura cada vez mais proeminente e influente: o Turista 4.0. Este novo tipo de viajante é moldado pela tecnologia, impulsionado pela busca por experiências autênticas e conectado a um mundo cada vez mais interconectado. À medida que o mundo se transforma rapidamente, os destinos turísticos precisam se adaptar para atender às demandas e expectativas desses turistas modernos.

O que é o Turista 4.0?
O Turista 4.0 é uma persona que incorpora as últimas tendências tecnológicas e comportamentais no seu modo de viajar. Este tipo de viajante é caracterizado pela sua busca por experiências autênticas, personalizadas e memoráveis. Ele utiliza a tecnologia como uma ferramenta para facilitar e aprimorar sua jornada, desde a fase de planejamento até o retorno para casa.

As Tendências Globais em Comportamento e Experiência Personalização em Massa: O Turista 4.0 valoriza experiências personalizadas que atendam às suas preferências individuais. Empresas do setor de turismo estão adotando tecnologias como inteligência artificial e big data para oferecer recomendações e serviços altamente personalizados.
Experiências Imersivas: Os turistas modernos buscam experiências que vão além do óbvio, procurando imersão cultural e interações autênticas com o destino. Exemplos incluem passeios guiados por moradores locais, workshops culturais e hospedagens em acomodações tradicionais.
Sustentabilidade e Consciência Social: O Turista 4.0 está cada vez mais consciente do impacto ambiental e social de suas viagens. Destinos e empresas que adotam práticas sustentáveis e responsáveis estão ganhando preferência entre esses viajantes preocupados com o meio ambiente.
Uso Prolongado de Dispositivos Móveis: Smartphones e dispositivos móveis desempenham um papel central na experiência de viagem do Turista 4.0, desde a pesquisa e reserva de viagens até a navegação durante a estadia. Aplicativos de viagem, guias turísticos digitais e plataformas de compartilhamento de experiências são cada vez mais populares.

Exemplos e Números
•Airbnb: Uma das plataformas líderes em hospedagem alternativa, o Airbnb oferece mais de 7 milhões de anúncios em todo o mundo, conectando os viajantes a uma ampla variedade de experiências únicas e autênticas.
•TripAdvisor: Com mais de 884 milhões de avaliações e opiniões de viajantes, o TripAdvisor é uma fonte confiável de informações para o Turista 4.0 em busca de recomendações e insights sobre destinos, hotéis, restaurantes e atrações.
•Turismo Sustentável: Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o turismo sustentável está crescendo a uma taxa de 20-30% ao ano, representando uma fatia significativa do mercado turístico global.
•Experiências de Realidade Aumentada (AR) e Virtual (VR): Empresas de turismo estão explorando cada vez mais tecnologias de AR e VR para oferecer experiências imersivas e interativas aos viajantes. Estima-se que o mercado de AR e VR no turismo atingirá US$ 1,5 bilhão até 2025, impulsionado pela demanda por experiências mais envolventes e memoráveis.
O Turista 4.0 está redefinindo o cenário do turismo global, impulsionando a inovação e transformando a maneira como os destinos e empresas do setor abordam o mercado. À medida que continuamos a avançar nesta era digital, é essencial que os stakeholders do turismo estejam atentos às tendências emergentes e às expectativas em constante evolução dos viajantes modernos. Aqueles que conseguirem adaptar-se e oferecer experiências relevantes e personalizadas colherão os frutos de uma indústria turística em constante crescimento e transformação.

De silêncio e solidão

Cláudio Emerenciano
Professor da UFRN

Os ciclos da vida não se repetem. Sucedem-se e se entrelaçam numa conjugação interminável de alegrias e tristezas, sentimentos, emoções, esperanças, amarguras, ansiedades, medos. Há, ainda, curiosidades, dúvidas, certezas, sonhos, perplexidades, fantasias, ilusões, paixões, desencantos, risos e lágrimas, ousadias, buscas, idas e vindas, encontros e desencontros, avanços e retrocessos.
Segundo vate português da época dos descobrimentos, constante das crônicas que demarcaram mudança de mentalidade entre o medieval, estático e hesitante, e o renascentista, impetuoso e determinado, nada substitui o sonho como fonte inspiradora de transformações: “Eles não sabem que o sonho é uma constante da vida, pois quando o homem sonha o mundo pula e avança”. O homem cria sua sombra ao longo do tempo. As superações do passado lhe demarcam os enfrentamentos do presente. Mesmo assim a imprevisibilidade é um traço anímico de sua existência. Suas idéias, aspirações, incertezas, atitudes e manifestações de sua criatividade dão conteúdo e forma à alma do seu tempo. Impregnam-lhe de renovada substância humana, que se revigora permanentemente. Sem cessar. O provérbio lusitano alcança, individualmente, cada pessoa. Cada um, em qualquer tempo, cultura, nação, professando essa ou aquela concepção do mundo e da vida, é, ao mesmo tempo, fonte, sujeito, centro e objeto da vida social. Os autoritarismos agem contra esse conteúdo humano da vida. Aviltam-no. Dilaceram-no em continuada e obstinada tentativa de garrotear o ilimitado peso dos sentimentos. Rejeitam o conceito de que o ser humano faz sua própria história: “nada tem sentido se aí não misturei meu corpo e meu espírito”.


O conhecimento de si mesmo não tem limites. O silêncio, a partilha de laços e afetividades, a solidariedade, o amor e a paz conferem à vida do homem dimensão poética. Ilimitadamente. Pois o mal e as trevas são erradicados pela mais ínfima presença da luz. Esse é o caminho da ascensão de todos. Alicerce da aldeia de todos nós. Fonte de perpetuação das verdades humanas.
George Bernard Shaw, um dos gênios no século XX, disse que o sonhar é um atributo, um dom e uma qualidade indissociável à vida humana: “enquanto o homem vive, enquanto exercita sua consciência, no âmago do seu ser, o sonhar é também desejar, aspirar, confiar, acreditar. O moribundo de fé entrega sua alma a Deus. Acredita na passagem de uma vida para outra. O incrédulo simplesmente quer viver um pouco mais. Desfrutar de mais alguns momentos de vida. É quase impossível um incrédulo, pelo menos nesse instante, ter esperança”. Nada substitui entre os homens a afeição, a estima. A amizade é um vínculo por opção consciente e voluntária. É a mais exuberante manifestação do espírito coletivo em cada homem. Há um trecho de Antoine de Saint-Exupéry, em “Terra dos Homens”, que explicita, como poucos, a dimensão e o papel desses laços: “É preciso a gente tentar se reunir. É preciso a gente fazer um esforço para se comunicar com algumas dessas luzes que brilham em longe, ao longo da planura”. Albert Camus (Nobel da literatura), em “O Exílio e o Reino”, disse que o pior exílio é o que segrega alguém de si mesmo. Há de se distinguir o silêncio da solidão. O silêncio amplia os caminhos de comunicação dos homens com Deus. A solidão é um confinamento da alma, do espírito, da totalidade do ser, distanciando-se das vibrações da vida. Essa solidão nada tem a ver, por exemplo, com o recolhimento de São Francisco de Assis em montanha da Úmbria (Itália), em convergência com o Criador. A solidão que atenta contra a condição humana é fruto do abandono, da ausência de solidariedade, do desamor, ceifando indefinidamente a tristeza, o desencanto e o sofrer.


A felicidade do homem é, essencialmente, um estado de espírito. Explosão de espiritualidade na alma de cada um. Seus aspectos objetivos, concretos, sujeitam-se aos de natureza sentimental, psicológica e transcendental. Essa é a síntese de vida e felicidade: amor. A amizade emerge de fonte inesgotável: a identidade plena de uns com os outros. O entrelaçar de mãos. Esperança e confiança. A busca comum da felicidade. A fraternidade sublima toda uma jornada de vida. Elos que exibem a perspectiva de infinito. O descortinar sem fim das estrelas…
Pois até os céticos se iluminam e se consagram à infinitude do amor de Deus. Foi o caso do grande Eça de Queiroz, no fim da vida, em seu conto “O suave milagre”: “Mãe eu queria ver Jesus…E logo, abrindo devagar a porta e sorrindo, Jesus disse à criança: Aqui estou”.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião da TRIBUNA DO NORTE, sendo de responsabilidade total do autor.

Órfão do futuro

Vicente Serejo
[email protected]

A cada dia, o Brasil fica mais distante daquele seu velho mantra de país do futuro. E pior: do jeito que vamos, ficamos mais carentes de uma saúde pública eficiente; formação profissional garantidora da ascensão social; e muito mais sobressaltados com toda essa violência. Somos um país dividido em castas fechadas ao trânsito para a conquista de novo patamar, o que só a educação pode garantir. As exceções, na individualidade dos desempenhos pessoais, não valem como regra.
O conceito de mérito não parece justo que se aplique e até se cobre, no Brasil, se, antes de cobrar, o país não tem sido capaz de proporcionar as chances iguais para todos. Quando terminei o curso Clássico no Atheneu, fiz vestibular para Direito e passei. Aquele Atheneu que há décadas padece da grande valorização de sua tradição, quando disputava eficiência com o Marista ao liderar o número de aprovados, sob a direção da professora Crisan Siminea. Eram outros os tempos.

A ineficiência dos nossos governos, em todas as esferas, nada tem a ver com esse debate de ódios e paixões seletivas. O modelo vem da Colônia, passou por todo o Império, cavalgou no cavalo do Marechal Deodoro da Fonseca que de espada em riste proclamou esta República diante de um povo que sonhava com um país rico e livre. O bacharelismo, até pela influência francesa, nos deu uma elite que poderia ter os pés na riqueza, mas tinha os olhos nas lições do Iluminismo.
O século vinte foi de inquietações e revoluções. Do sonho dos 18 do Forte aos movimentos revolucionários de 30 e 35; ditadura de Getúlio Vargas; e o golpe de 64 que derrubou João Goulart, seguido da ditadura militar que exilou, cassou, prendeu, torturou e matou. Como se não bastasse, a tentativa de golpe de 8 de janeiro, com o vandalismo nas sedes dos três poderes, forçando o uso do dispositivo legal da lei e da ordem como uma justificativa contra alguém eleito pelas urnas.
Ao longo do século vinte, e neste primeiro quarto do século vinte e um, o maior fracasso é a ausência de um programa de estado permanente e capaz de enfrentar o grande e mais urgente desafio, de fato: o analfabetismo. E com um sistema educacional de tempo integral voltado para a profissionalização. O que temem os governos, quase todos representantes, na maioria das vezes, das elites conservadoras? O conceito de Paulo Freire? A educação como uma prática de libertação?
O governo brasileiro, ao longo de cinco séculos, não conseguiu reduzir o deserto que separa a riqueza da Nação da pobreza do seu povo. A paz social não será conquistada, a não ser com uma mais efetiva distribuição de renda. Nada impede que um governo eleito pelo voto seja parceiro das elites, desde que lute para combater a desigualdade. Sob pena de comprometer a estabilidade política, sem a qual não há convivência justa e pacífica. A fome é um pavio e o fogo é o desespero.

PALCO

FUTURO – Exposta ao desgaste de um desempenho pífio como candidata a prefeita, a secretária Joanna Guerra seria recompensada se indicada para a equipe de Carlos Eduardo Alves. Se eleito.

OU – Se a preferência do prefeito Álvaro Dias for Joanna Guerra o gesto será de recompensa, mas também de uma escolha de confiança. Ela conhece a gestão de Álvaro e o que deve ser preservado.

FORÇA – O prefeito Allyson Bezerra além de ter quase 70% de avaliação positiva, ostenta um recorde na sua gestão: só 6% de rejeição. A mais rejeitada é a petista Isolda Dantas, com 24,8%.

RETRATO – A rejeição de Isolda pode ser explicada pela soma da baixa tradição do PT em Mossoró e a fraca performance do governo petista no segundo maior colégio eleitoral do Estado.

DESAFIO – Vaticinava, ontem, uma fonte ligada ao turismo: “Se o governo não enfrentar e vencer a guerra na conquista de voos para Fortaleza, Recife e João Pessoa, vai perder a guerra do turismo”.

ONDA – São Paulo dita a moda: os bares com inspiração mística, com base na astrologia e no tarô, estão na moda na noite paulista. E no cardápio de atrações, os drinques feitos com ervas exóticas.

NOEL – O poeta Diógenes da Cunha Lima, depois de visitar Carrara, ruma agora para conhecer a Letônia, a terra onde nasceu o Papai Noel. Só no dia seis próximo toma um avião de volta a Natal.

GRATIDÃO – Pelos votos dos amigos nesses setenta e três anos idos, vividos e vencidos ao longo de uma jornada. Toda feita de grandezas e misérias que fazem essa alegria inenarrável que é viver.

CAMARIM

MAIO – Começa hoje, neste primeiro de maio, a contagem regressiva da declaração de apoio do prefeito Álvaro Dias ao ex-prefeito Carlos Eduardo Alves ou ao deputado Paulinho Freire. Alves lidera as pesquisas e Freire tem apoio do senador Rogério Marinho e do ex-senador Agripino Maia.

TEMPO – Na verdade, vendo-se com isenção, o prefeito chegou ao patamar da sucessão sem ter conseguido construir um candidato próprio para sucedê-lo. O seu temor de perder o protagonismo acabou deixando-o sem sucessor com chance real de vitória e sem grandes aliados na luta de 2026.

ESCOLHA – Segundo as fontes políticas mais afinadas com o prefeito, sua tendência é somar sua força ao ex-prefeito Carlos Eduardo. A eleição de Natal é o laboratório da eleição majoritária de 2026 e Dias sabe que já tem candidato ao governo, o senador Rogério Marinho. A luta já começou.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião da TRIBUNA DO NORTE, sendo de responsabilidade total do autor.

Lula tem mais desaprovação do que aprovação

O índice de desaprovação sobre o desempenho do governo do presidente Lula (PT) para o Brasil superou o de aprovação, pela primeira vez, na percepção dos cidadãos do Rio Grande do Norte, segundo a terceira pesquisa Consult/TRIBUNA DO NORTE realizada entre os dias 22 e 25 de abril.


Dentre as 1.700 pessoas entrevistadas, 44,59% disseram que aprovam o governo Lula, mas 45,94% responderam que desaprovam, enquanto 9,47% das pessoas ouvidas não souberam responder.


A avaliação positiva do governo Lula para o Brasil, na avaliação dos eleitores potiguares, já vinha em viés de queda desde a primeira sondagem de opinião pública da Consult Pesquisa/TRIBUNA DO NORTE, que foi feita em outubro do ano passado, quando 47.65% aprovaram o desempenho do governo Lula, índice que baixou para 45,18% em fevereiro de 2024.


Ao mesmo tempo que caia a aprovação, também aumentava o percentual de desaprovação, que em outubro de 2023 era de 43,82% e em fevereiro deste ano cresceu para 44,29%. Entre os eleitores que não souberam responder, o índice foi de 8,53% em outubro de 2023 e foi a 10,53% em fevereiro de 2024.


De acordo com a pesquisa feita na última semana de abril, o maior índice de desaprovação ocorre na Região Metropolitana de Natal, 61,0% e em Mossoró, 53,3%. Quando se faz o corte apenas em Natal, o percentual é de 48,5% e na região do Seridó, 47,5% e Agreste/Litoral Sul, 44,6%.


Os menores índices de desaprovação estão nas regiões do Sertão do Apodi, 30,6% e do Mato Grande, 31,5%.
O inversamente ocorre em relação ao índice de aprovação, o governo Lula é melhor avaliado no Sertão do Apodi, 59,2%; Mato Grande, 58,7%, Central Cabugi/Litoral Norte, 56,7% ; Alto Oeste, 55,7% e na região de Assu/Mossoró, 54,3%.


Os índices mais baixos de aprovação ocorreram na Grande Natal, 28,9%; Trairi, 40,0%; Serido, 40,6%; Agreste/Litoral Sul, 41,5% e Natal, 42,8%.

Avaliação do governo do presidente Lula para o Brasil

Aprovação
Outubro/2023 47,65 %
Fevereiro/2024 45,18 %
Abril/2024 44,59 %

Desaprovação
Outubro/2023 43,82 %
Fevereiro/2024 44,29 %
Abril/2024 45,94 %

Não soube dizer
Outubro/2023 8,53 %
Fevereiro/2024 10,53%
Abril/2024 9,47%

Fonte – Consult/TN

Fátima tem desaprovação de 70,12% do eleitorado

Com desempenho em constante declínio na avaliação dos eleitores do Rio Grande do Norte, o índice de desaprovação da governadora Fátima Bezerra (PT) alcançou 70,12% em abril, conforme a pesquisa Consult/TRIBUNA DO NORTE, crescendo 12,30% desde a a primeira pesquisa divulgada em outubro do ano passado, quando a desaprovação era de 57,82% e chegou a 68,53% em fevereiro de 2024.


Os maiores índices de desaprovação do governo petista são registrados na Grande Natal, 79,4%, em seguida no Mato Grande, 77,2%; Sertão do Apodi, 74,5%; Seridó, 73,8%; Agreste/Litoral Sul, 73,1% e Mossoró, 71,3%. Em Natal, a desaprovação foi de 62,1%.


Já o índice de aprovação se mantem estável. Em outubro era 30,47%, baixou para 19,59% e agora desceu seis centésimos, foi a 19,53%. O melhor desempenho do governo Fátima Bezerra é na região de Assu/Mossoró, 28,4% e Central Cabugi/Litoral Norte, 28,3%. Em Mossoró foi de 21,3% e em Natal, 23,2%. Já os piores índices de aprovação estão na Grande Natal, 13,2% e no Mato Grande, 14,1%.


Os eleitores que não souberam responder foram 11,71% na primeira sondagem e 11,88% na segunda. Na pesquisa de abril, foi de 10,35%. A Consul/TRIBUNA DO NORTE também perguntou aos 1.700 eleitores como classificavam o governo de Fátima Bezerra para o Rio Grande do Norte. Os que classificam de “ruim” e “péssimo” são 31,53% e 21,41%, respectivamente, no somatório 52,94%.


Apenas 0,53% o classificam como “ótimo” e 10,65% como “bom”. Outros 33,82% dos eleitores classificaram o governo Fátima Bezerra como “regular” e 2.06% “não sabem dizer”.


A pesquisa foi realizada entre 22 e 25 de abril, em12 regiões do Estado, e, seis delas nenhum cidadão consultado classificou o governo como “ótimo”. Os índices mais altos de “ruim” foram na Grande Natal e Agreste/Litoral Sul, com 47,8% e 47,2%, enquanto os percentuais mais altos de “péssimo” foi em Natal, 30,0%; Mossoró, 27,9% e Seridó, 21,9%.

Avaliação de Fátima Bezerra como governadora do RN

Aprovação
Outubro/2023 30,47 %
Fevereiro/2024 19,59 %
Abril/2024 19,53 %

Desaprovação
Outubro/2023 57,82 %
Fevereiro/2024 68,53 %
Abril/2024 70,12 %

Não soube dizer
Outubro/2023 11,71 %
Fevereiro/2024 11,88 %
Abril/2024 10,35 %

Fonte – Consult/TN

Lira descarta votar projeto da contribuição sindical

Na agenda das centrais para o 1º de Maio, a apreciação do projeto que recria um mecanismo de financiamento dos sindicatos está fora do horizonte do Congresso neste momento. À CNN, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), descartou qualquer possibilidade de articular a votação da proposta.


“É um retrocesso. Reforma trabalhista e reforma previdenciária são intocáveis”, afirmou Lira. A declaração foi enviada ao blog pela assessoria do parlamentar.


A volta da cobrança que abastecia o caixa dos sindicatos é parte das reivindicações das centrais sindicais ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo do projeto é substituir o imposto sindical, que foi extinto pelo governo Michel Temer, no âmbito da reforma trabalhista.

Pacheco minimiza embate com o Palácio do Planalto

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), minimizou, nesta terça-feira (30) os recentes embates com o Palácio do Planalto e disse que as “divergências” com o governo serão resolvidas “uma a uma”.
“Qualquer divergência que há na política é algo absolutamente natural entre Poderes, entre casas legislativas, entre pessoas que figuram nesses Poderes, nessas instituições”, disse.


“Mas jamais são conflitos que afetam o que é o interesse público. Então, a gente busca sempre a convergência e essas divergências certamente são dirimidas. A cada dia a gente vai dirimindo uma a uma”, complementou Pacheco.

Atrito com o governo
As divergências entre Pacheco e o governo já existem há algum tempo com os recentes adiamentos de votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do projeto de lei que retoma o seguro para vítimas de acidente de trânsito, conhecido como DPVAT. O texto abre um espaço no orçamento de R$ 15 bilhões.


Além disso, desagradou o presidente do Congresso o fato de o governo ter recorrido ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a desoneração da folha de pagamento de empresas e municípios.


A pauta econômica gerou uma troca de farpas entre Pacheco e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Nesta terça, o presidente do Senado disse que a decisão do governo foi um erro “primário”.


“A provocação do Judiciário, óbvio que no momento em que se esgotam as negociações políticas, é absolutamente legítima a mim, legítima ao presidente [Lula], legítima à população, a qualquer dos Poderes. Mas enquanto está tendo diálogo político, isso realmente foi um erro, na minha opinião, primário, que poderia ter sido evitado”, avaliou Pacheco.


Zanin atendeu a um pedido apresentado pelo Palácio do Planalto. Depois disso, Pacheco afirmou que o governo errou ao “judicializar a política”.


“O governo federal erra ao judicializar a política e impor suas próprias razões, num aparente terceiro turno de discussão sobre o tema da desoneração da folha de pagamento. Respeito a decisão monocrática do ministro Cristiano Zanin e buscarei apontar os argumentos do Congresso Nacional ao STF pela via do devido processo legal”, disse Pacheco.

Pacheco cancela almoço com líderes e ministros

Em mais um episódio da crise do Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cancelou na terça-feira (30) um almoço com líderes do governo Lula (PT). A reação ocorre depois do impasse do senador e o Executivo sobre a desoneração da folha de pagamentos.


O almoço de Pacheco com os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais e com os principais líderes do governo tinha como objetivo tratar das pautas de interesse de Lula no Senado. O senador tem ampliado as suas sinalizações de descontentamento com o governo desde a decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendei a lei da desoneração.

Pacheco vincula PEC a fim de supersalários

Outra divergência entre os Poderes é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que turbina salários de juízes e promotores. O governo é contra a PEC. Já Pacheco tem mantido a discussão da proposta no Senado. Na terça (30), ele disse que o texto deve ser votado pela Casa na próxima semana.


O governo tenta articular um encontro entre Rodrigo Pacheco e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve ocorrer nos próximos dias.


Rodrigo Pacheco, voltou a condicionar a votação da PEC do Quinquênio (PEC 10/2023, que cria adicional sobre o salário de carreiras jurídicas) ao projeto que acaba com os supersalários no serviço público (PL 2.721/2021). Em entrevista coletiva nesta terça-feira (30), ele anunciou que vai reunir os líderes para uma definição sobre essa análise conjunta.


Pacheco apontou que a economia para as contas públicas que seria gerada com o projeto de lei que combate os supersalários é superior ao incremento de gasto, dentro do Orçamento, para o pagamento do quinquênio — um bônus de 5% do salário a cada cinco anos a carreiras do Judiciário, previsto na PEC para valorização por tempo de serviço dos magistrados e do Ministério Público.


“As duas coisas casadas e em conjunto significam economia para o Estado brasileiro. Essa combinação do projeto de lei com a emenda não altera em nada nossa busca do cumprimento da meta fiscal […] Antes vamos sentar com todos os líderes e definir qual é o melhor caminho — disse.


O presidente reforçou que as matérias em conjunto garantem a valorização de carreiras de dedicação exclusiva e acabam com a criação de “penduricalhos” que hoje levam a salários acima do teto constitucional. O PL 2.721/2021, em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), lista quais tipos de pagamentos podem ficar de fora do teto do funcionalismo público, limitando os chamados supersalários.


O relator da PEC 10/2023 na CCJ, senador Eduardo Gomes (PL-TO), apresentou substitutivo que inclui novas categorias no benefício, como as carreiras jurídicas do Ministério Público e delegados de polícia.

Alice em dobro há 50 anos

[Instagram @alexmedeiros1959]

O ano de 1974 foi bom para a TV no Brasil (com grandes novelas e programas) e também para o cinema mundial e nacional. Foi o ano de Chinatown, O Grande Gatsby, Desejo de Matar, O Poderoso Chefão 2, Inferno na Torre, As Mil e uma Noites… E por aqui A Noite do Espantalho, O Amuleto de Ogum, A Rainha Diaba e três docs da bola: Isto É Pelé, Passe Livre e Futebol Total.

Do vasto repertório de meio século atrás, duas produções em destaque, não apenas pela coincidência dos nomes das protagonistas, mas também pelos instigantes roteiros e a forma suave da abordagem de contextos íntimos e sociais de duas mulheres chamadas Alice, uma adulta e miseravelmente descasada e outra, uma criança afastada da mãe e a depender da inesperada sensibilidade de um estranho. Os diretores: Martin Scorsese e Wim Wenders.
Na juventude de 32 anos, Scorsese dirige a desventura e o sonho de Alice Hyatt, a recém-viúva interpretada pela suculenta quarentona Ellen Burstyn, que para escapar de um namorado tóxico foge do Novo México com o filho Tommy.
Ela quer não somente sobreviver sem o marido, mas retomar uma carreira precocemente encerrada de cantora, além de encaminhar uma vida normal para o pré-adolescente, sem mais escolas com os anos letivos interrompidos.
Na sua cidade natal, Tucson, na Califórnia, Alice se estabelece como garçonete e abre a guarda do coração para o fazendeiro David (Kris Kristoffeson), um cara amoroso e contraponto do violento Ben (Harvey Keitel).
Apesar do roteiro não tão scorsesiano, é um dos melhores filmes do cineasta do Queens, com uma sugestiva pegada feminista em começo dos anos 70 com uma mulher solitária à deriva e segurando pela primeira vez as rédeas da vida.
Alice Não Mora Mais Aqui tem boas interpretações de Diane Ladd, então aos 39 anos; Vic Tayback, 44; Valérie Curtin, 33; Lelia Goldoni, 38; e as primeiras aparições de Jodie Foster e Alfred Lutter, com 12 anos, e Mia Bendixsen, 10.
O outro filme, Alice nas Cidades, é mais um olhar de Wim Wenders sobre o mito da América como campo dos sonhos e terra das oportunidades, que ele já havia dado antes de 1974. Não é noir, mas é todo feito em preto e branco.
O fotógrafo e aprendiz de jornalista Philip Winter (papel de Rüdiger Vogler) vive uma crise existencial que atinge seu trabalho e a vida pessoal. Ele faz um giro pelos EUA cumprindo uma pauta de relatos, mas só consegue tirar fotografias.
Munido de uma Polaroid, ele clica tudo o que lhe chama a atenção, mas não escreve nada. Entrega a pilha de fotos na sucursal nova-iorquina do jornal alemão e decide retornar à Alemanha, se desfazendo do carro e outras coisas.
No aeroporto de Nova York encontra a notícia de uma greve de controladores de voo no seu país, impedindo as vendas de passagens. No guichê ele conhece Lisa (a bela atriz Lisa Kreuzer) que também busca voo pra Alemanha.
Ela está com sua filha de 9 anos, Alice (Yella Rottländer aos 10 anos), que concorda com ele em tomar um avião para Amsterdã no dia seguinte. Depois de ser rejeitado por uma amiga, Philip vai pernoitar no hotel onde está Lisa.
De manhã, Lisa sai, deixando um bilhete avisando que ele vá encontrá-la no começo da tarde no alto do arranha-céu Empire State (seria Wenders aludindo ao filme Tarde Demais Para Esquecer e antecipando-se a Sintonia de Amor?).
Lisa não vai e deixa outro bilhete no hotel marcando encontro em Amsterdã. Philip se vê tutor involuntário da menina e passa o resto do filme rodando com Alice por cidades holandesas e alemãs em busca da mãe desaparecida e do endereço da avó que já não mora no mesmo lugar. Nem precisa dizer que ele cria laços com Alice que irão ser determinante para seu reencontro consigo mesmo. Um filme com uma forte carga psicológica e uma doce dose de afeto.

Magoou O Exército não vai tolerar críticas nas suas redes sociais e afirma que “atuar no ambiente cibernético gera dissuasão para a defesa e a segurança do país”. Valei-me, São Caxias, a nossa força terrestre ameaçada pelo bullying digital.

Que coisa O programa da Band “O é da Coisa”, em sua edição de segunda-feira, foi uma verdadeira e hilária sessão de cinismo. Reinaldo Azevedo entrevistando alegremente Geraldo Alckmin. Ambos já chamaram o Luiz Inácio de ladrão.

Badernas As universidades americanas começam a reagir às invasões de prédios e aos assentamentos estudantis em seus pátios e jardins, tudo feito em nome dos palestinos. Alunos estão sendo suspensos e impedidos de ter uma formatura.

Castelo A Rússia fez ontem um ataque à cidade de Odessa com um míssil do tipo Iskander, matando cinco pessoas e ferindo outras trinta. O alvo atingido foi um famoso prédio conhecido como Castelo de Harry Potter, um cenário da saga.

Censura Virou moda juiz censurar textos, cancelar perfis, desmonetizar e determinar prisão de jornalistas. Uma magistrada de Pernambuco assim o fez contra reportagem sobre um promotor que comprou terreno em Fernando de Noronha.

Sorte Um aluno de 19 anos passou dois anos em Harvard elaborando seu primeiro curta-metragem. Veiculou ano passado o material de 12 minutos no YouTube e que foi visto por ninguém menos que o cineasta/produtor Darren Aronofsky.

Destino Há poucos dias, o jovem chamado Wesley Wang recebeu mensagem de Darren: “assisti ao seu filme, você pode abandonar Harvard?”. O diretor de PI e Cisne Negro avisou que o curta estava encaminhado para um filme na TriStar.

Erasmo O filho do Tremendão, Leo Esteves, está concluindo um projeto iniciado pelo pai: um álbum com talentos da nova geração: Marina Sena, Tim Bernardes, Xênia França, Rubel, Tião Reis, Chico Chico, Jotapê, Russo Passapusso…

Senado aprova PL do Perse com teto de R$ 15 bilhões

O Senado Federal aprovou em votação simbólica na terça-feira (30) o PL (projeto de lei) 1.026 de 2023, que trata da continuação do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) com teto de R$ 15 bilhões até 2026. O texto que veio da Câmara não foi modificado e segue para a sanção.


A relatora Daniella Ribeiro (PSD-PB) havia incluído um dispositivo no texto para determinar a correção do projeto pela inflação, mas retirou a modificação pouco antes da votação depois de um acordo com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os setores de eventos.


Segundo a senadora, houve apelos das categorias contempladas pelo programa para que não fossem feitas mudanças, com o objetivo de acelerar o processo de tramitação e para a nova regra entrar em vigor mais rapidamente. Caso a relatora tivesse incluído a correção pela inflação, o projeto teria que voltar à Câmara para os deputados analisarem a mudança.


“Pelo setor, preocupado com o tempo, pela necessidade que o programa não sofra, nós apresentamos o relatório que veio da Câmara dos Deputados”, afirmou a senadora. No texto, Daniella manteve os pontos aprovadas pela Casa Baixa. Permaneceu em 30 a quantidade das chamadas CNAEs (Classificação Nacional das Atividades Econômicas), sigla que lista as categorias contempladas pelo programa.


Senadores da oposição ao governo Lula disseram que entendem o objetivo de aprovar o projeto o mais rápido possível, mas disseram “lamentar” a exclusão de 14 setores que ficaram de fora do programa. Havia 4 emendas apresentadas para discussão, mas os congressistas retiraram para o texto ir à sanção.


“Espero que o setor saiba o que está fazendo com esse acordo, vou referendar retirando o destaque”, disse o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ).

GOVERNO
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse na segunda-feira (29/4) que não há espaço para a ampliação de novas renúncias fiscais. O Ministério da Fazenda defendeu que o limite do programa ficasse em R$ 15 bilhões, conforme aprovado na Câmara, para evitar um impacto fiscal ainda maior.


“A situação fiscal do país não possui espaço, gordura, para que possamos acomodar novas renúncias ou ampliação de renúncias”, afirmou o auxiliar do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Então, medidas que ampliem algum tipo de renúncia precisam ser acompanhadas das suas medidas de compensação, como prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso é importante. Não temos espaço para fazer acomodações em relação a isso”, completou Ceron.


Inicialmente, a proposta previa a redução das atividades econômicas beneficiadas pelo Perse – de 44 para 12. No entanto, a relatora na Câmara, deputada Renata Abreu (Podemos-SP), manteve em 30 o índice de setores afetados.