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Enquanto as águas baixam… Problemas emergem

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Pedro Andrade e Sara Vasconcelos
repórteres

Em 24 horas, a capital potiguar recebeu cerca de 70% do total de chuvas esperadas para todo o  mês de março, cuja média varia entre 180 a 200 milímetros. Da quinta-feira (13) até a sexta-feira (14), os pluviômetros registraram 136 mm. Enquanto as águas baixam, problemas emergem. Ruas e imóveis alagados, pessoas desalojadas, escolas com aulas suspensas, riscos de deslizamentos de encostas, estruturas ruindo, árvores caídas e crateras abertas  foram incidentes registradas em quase todas as regiões da cidade.
#ALBUM-5026#
Um dos pontos de alagamento mais críticos foi no cruzamento entres as avenidas Jaguarari e Jerônimo Câmara, em Lagoa Nova. Pneus chegaram a ser queimados por moradores da região, em protesto para cobrar  providências urgentes a drenagem da área. O fechamento de tubulações da obra de drenagem da Arena das Dunas impede o escoamento da água, que seguiriam para aquela lagoa e de lá até a São Conrado. Problemas foram detectados em seis poços de visita, que jorram,  incessantemente, água do lençol freático que escorre para a área alagada.

O acúmulo  de água na avenida já dura três dias, invadindo casas e comércios que permanecem com portas cerradas,  moradores ilhados e contabilizando prejuízos. Uma família da Rua Itaú ficou desalojada e precisou ser removida pela Defesa Civil para casa de familiares.

A empresária Auxiliadora Araújo, dona de restaurante, teve o estabelecimento invadido pelas águas e perdeu equipamentos eletrônicos e móveis, em prejuízo que, segundo ela, deve superar os R$ 10 mil. “É uma situação que ninguém aqui aguenta. Estão fazendo obras para a drenagem, mas durante as obras os moradores daqui são prejudicados”, disse a empresária. Uma fita de isolamento foi colocada pela população para evitar o tráfego. “Pedimos pelo menos dois amarelinhos para orientar o transito”, disse o comerciante Marcondes Almeida.

Áreas de risco
O monitoramento das áreas de riscos foi reforçado com o alerta de “alto risco” emitido pela Defesa Civil nacional, que alterou o status de “moderado” nas últimas 24 horas. “A Defesa Civil de Natal já alertou os órgãos competentes e a população”, disse Jeóas Santos. O risco de deslizamento de encostas foi confirmado.

#SAIBAMAIS#O coordenador do órgão, Jeoás Santos, disse que houve deslize de terras, raízes e a orientação é para que as famílias procurem abrigos com familiares ou no Ginásio Nélio Dias, em dias de chuva intensa. De acordo com levantamento da Defesa Civil, os principais pontos de risco da cidade estão na comunidade do Jacó, Mãe Luíza, Cidade Nova e no Passo da Pátria, onde já foi constatado que há uma área com alto risco na região próximo à linha férrea.

No Passo da Pátria, famílias da Rua Ocidental de Baixo, próximo a linha férrea, já se preparam para deixar as casas durante noites de chuvas. “Tenho medo que o pior aconteça e já dormimos ontem (quinta) na casa de um irmão”, disse Luzineide Marques. A casa dela e de outros quinze moradores estão em zona de risco de desabamento. Há um ano, parte da encosta cedeu e arruinou a antiga cozinha. Na mesma situação, estão quatro casas à frente. A família de doze pessoas que divide a casa de quatro cômodos chegou a sair do imóvel, à época do deslize, mas voltou por não ter como pagar aluguel.

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