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Eólicas devem iniciar testes

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O Rio Grande do Norte se prepara para colocar em operação os primeiros parques eólicos de uma série que está pronta, mas parada há quase dois anos por falta de linhas de transmissão. As linhas servem para “escoar” a energia, mas atrasaram, adiando o funcionamento das usinas.
O RN é destaque nacional na geração da energia dos ventos
Sete dos 32 parques que estão nessa condição devem começar a ser testados hoje para iniciar operação em março, se aprovados. A estimativa é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os parques eólicos estão conectados à subestação João Câmara, com capacidade conjunta de gerar 204 Megawatts (MW) de energia. Segundo o  Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), o RN já tem 14 parques eólicos operando, com capacidade instalada de 423,15 MW.  É o maior polo de investimentos em geração de energia eólica no Brasil.

Os 25 parques que ainda à espera de linhas de transmissão devem começar a operar entre abril deste ano e março de 2015, segundo previsão da Aneel. A linhas de transmissão são  responsabilidade da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). A maioria deveria ter ficado pronta em julho de 2012. Mas as obras atrasaram. A Chesf foi procurada para falar do cronograma e dos testes, mas não respondeu até ontem.

Testes
Segundo a CPFL Renováveis, empresa que tem três complexos eólicos esperando a operação do sistema de transmissão, os testes serão iniciados assim que autorizados pela Chesf e pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Os testes servirão para verificar os componentes instalados.

Apenas um dos complexos da companhia, o Complexo Eólico Santa Clara, será testado. O empreendimento está apto a gerar energia desde julho de 2012. Os demais aguardam o sistema para escoar energia.

Os testes contemplam a chamada energização do sistema elétrico – o que engloba linha de transmissão, bays de conexão, rede de média tensão e subestação – além de testes dinâmicos nos aerogeradores. Os “bays de conexão” são o ponto de interligação entre o empreendimento de geração de energia e a ICG (Instalação Compartilhada de Geração). O bay é composto por equipamentos como disjuntores, por exemplo.

De acordo com a CPFL Renováveis, o atraso nas linhas de transmissão não inibe  investimentos da empresa no estado. Só em 2013, entre janeiro e setembro, a empresa investiu R$ 687 milhões no RN. A projeção para este ano não foi divulgada.

Para evitar que os atrasos se repitam, e parques eólicos continuem a ficar parados à espera das linhas, o governo federal mudou a regra dos leilões do setor. Antes, se fazia o leilão de geração de energia e depois o da linha de transmissão. Pela nova regra, o parque eólico deve ter uma linha de transmissão prevista já no leilão, e o prazo de implantação deve coincidir com a entrada do parque em operação.

NÚMEROS
7 Dos 32 parques eólicos que o RN têm à espera de linhas de transmissão devem iniciar testes neste sábado, segundo a Aneel

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