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Sargento envolvido no homicídio de advogado criminalista volta a ser preso

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O sargento da Polícia Militar Antônio Carlos Ferreira de Lima voltou a ser preso na tarde de ontem (31), após ser liberado por força de um alvará de soltura expedido na terça-feira. Ele é acusado de ser intermediário do homicídio que vitimou o advogado criminalista Antônio Carlos de Souza Oliveira, executado a tiros dentro de um banheiro de um bar na noite do dia 9 de maio no bairro Nazaré, zona Oeste de Natal.
Sargento Antônio Carlos Lima está na PM há 23 anos e atualmente trabalha na força tática
#SAIBAMAIS#Segundo o advogado Edberto Smith Júnior, que defende o sargento, a delegada do caso, Karla Viviane, estaria alegando que o habeas corpus que liberou o PM na noite de terça-feira era referente à prisão temporária, cumprida no dia 21 de julho, e não à prisão preventiva, emitida na terça-feira. Ainda segundo o advogado Smith, a delegada estaria o acusando de estar atuando em má-fé. “Eu tenho uma longa carreira de advogado, não preciso disso. Se foi o Tribunal que o liberou, aí eu perguntou: quem tem culpa? Eu ou o Tribunal?”, disse.

De acordo com o advogado, tanto a prisão de terça-feira quanto o alvará de soltura de ontem foram repentinos e não foram questionados pela Polícia Civil no momento do cumprimento. “Quando eu fui saber sobre a liberação do sargento, foi quando ele me ligou do Itep [Instituto Técnico-Científico do de Polícia] já dizendo que estava fazendo exame de corpo de delito para ser liberado”, disse Edberto. Ele também afirmou que vai entrar hoje com um novo habeas corpus para liberar o sargento Antônio Carlos Ferreira de Lima.

“Sabe o que é isso? É desespero. Está caindo a participação do sargento nesse caso e eles estão tentando arrumar alguém para pôr a culpa”, afirmou Edberto. “Até eu posso acabar indo preso. Não duvido mais de nada”. Ele também se disse surpreso com as insinuações da delegada. “Se estão fazendo isso para me afastar, não vai adiantar, pois agora eu vou trabalhar com mais afinco”.

O advogado criminalista Antônio Carlos de Souza Oliveira, de 41 anos, foi executado na noite do dia 9 de maio, num banheiro de um bar no bairro Nazaré, zona Oeste de Natal. A vítima morreu após ser atingida por quatro disparos de arma de fogo, espalhados pela cabeça, o braço esquerdo e a mão direita do advogado. Segundo investigação da Polícia Civil, a disputa de um terreno em São Gonçalo do Amarante foi a motivação do crime.

Além do sargento da Polícia Militar, mais três pessoas já estão presas por causa do homicídio: Lucas Daniel André da Silva, o Lukinha, Marco Antônio de Melo Pontes, conhecido como “Irmão Marcos”, e Expedito José dos Santos, que estaria disputando o terreno com o advogado criminalista. De acordo com as investigações, quem encomendou a morte do advogado foi Expedito com a ajuda de Carlos, que indicou Lukinha e Irmão Marcos para cometerem o crime.

Atualizado às 23h10

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