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Volta às aulas sem dor nas costas

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«POSTURA E SAÚDE» Alini Brito – Fisioterapeuta e Educadora Física • Dúvidas no site www.itcvertebral.com.br

Elas são jovens e cheias de energia, mas não é difícil vê-las se queixando de dores nas costas. As crianças e os jovens também são vítimas desse mal que atinge parte da população mundial. Pelo fato de serem crianças, e não adultos, o esqueleto está em fase de formação, sendo mais susceptível a deformações e as estruturas músculoesqueléticas, apresentam menor suportabilidade à carga.

Mas, o que fazer para que elas cresçam sem problemas?

Grande número de atividades, peso excessivo das mochilas, longos períodos em frente à TV e uso intenso do computador e videogame e são algumas das causas dessas dores, além da ergonomia escolar inadequada, que leva os alunos em fase de crescimento e desenvolvimento a apresentar alterações posturais após alguns anos de ida à escola.

As mochilas dos estudantes, por exemplo, têm peso superior ao recomendado para o seu corpo, podendo levar os estudantes a ter sequelas severas em sua saúde, incluindo dores na coluna, alterações na marcha e má postura. Por isso, cerca de 80% das crianças entre 8 a 10 anos já apresentam dores nas costas.

Os padrões posturais assumidos em sala de aula são muito importantes. Estudos demonstram que a maioria das crianças senta na maior parte do tempo com o tronco flexionado, utilizam a mão sobre o queixo durante as atividades na carteira escolar na tentativa de aliviar o peso da cabeça e a maioria apresenta queixas na região do pescoço e da cabeça.

O excesso de peso é um fator causador da lordose lombar, pois altera a linha do quadril em função do abdômen proeminente. Hábitos posturais incorretos adotados desde o ensino fundamental são motivos de preocupação.

Tratamento e prevenções

A postura adequada na infância ou a correção precoce de desvios posturais nessa fase possibilitam padrões corretos na vida adulta, pois esse período é da maior importância para o desenvolvimento músculoesquelético do indivíduo com maior probabilidade de prevenção e tratamento dessas alterações na coluna vertebral. A idade escolar compreende a fase ideal para recuperar disfunções da coluna de maneira eficaz. Após esse período, o prognóstico torna-se mais difícil e o tratamento mais prolongado, pois a ossatura e a musculatura já estão formadas.

Hoje em dia, a prevenção é uma área de grande crescimento na saúde e a fisioterapia preventiva transformou-se em um dos grandes diferenciais na escola. O fisioterapeuta tem um papel fundamental no diagnóstico e tratamento de distúrbios do desenvolvimento, avaliando e identificando qualquer alteração no quadro neuropsicomotor.

A intervenção desse profissional visa estabelecer e/ou restabelecer a funcionalidade do movimento, trabalhando no sentido de ensinar à criança posturas e movimentos funcionais, principalmente através da promoção de experiências motoras adequadas. A fisioterapia preventiva escolar ainda representa um campo novo, mas de grande importância no processo do desenvolvimento da criança e do adolescente.

Dicas para carregar a mochila escolar

Uma grande preocupação de pais e especialistas a respeito da postura dos jovens e adolescentes está relacionada ao uso inadequado da mochila escolar. Cada vez mais, cresce o número de crianças utilizando mochilas pesadas e de maneira inadequada, isso devido ao grande numero de livros e materiais escolares exigidos pelas escolas, além do lanche e alguns pertences pessoais que os jovens carregam consigo e que podem aumentar ainda mais o peso das mochilas.

Se essa carga não for bem distribuída pode acabar provocando constantemente uma postura incorreta que como conseqüência tende a gerar problemas de coluna como escoliose (coluna em forma de “S”), hiperlordose (aumento do ângulo na curvatura na região lombar) e hipercifose (conhecida também como “corcunda”).

Além dos problemas de coluna o excesso de peso junto com uma postura incorreta para carregar a mochila escolar pode gerar problemas nos joelhos, pés e quadris assim como dores no pescoço, ombros e até mesmo uma possível distensão muscular. Para evitar esses e diversos outros problemas ocasionados pela má postura temos dicas de postura para carregar a mochila escolar que podem ajudar a evitar o aparecimento desses problemas:

A carga a ser carregada não deve ultrapassar 10% o peso da criança ou jovem que irá levar a mochila, exemplo: um jovem de 45kg não deve carregar uma mochila cujo peso esteja acima de 4,5kg. Procurar colocar os objetos mais pesados sempre na abertura principal da mochila, próximos as costas da criança, pode ajudar também, utilizando os bolsos externos somente para os itens leves. O fundo da mochila deve estar sempre bem posicionado, apoiado na curva da região lombar, pois se estiver muito abaixo ou acima pode agravar problemas de postura.

Bolsas de uma só alça ou carregar as mochilas por uma das alças não é recomendado, o ideal é optar por mochilas cujas alças sejam largas e forradas com largura menor a largura total dos ombros da criança e deve ser carregada sempre pelas DUAS alças, para que o peso fique bem distribuído pelos dois ombros.

 Estar atento à má postura, a criança deve procurar andar sempre com a cabeça erguida (olhando para frente e não para baixo) e os ombros devem estar para trás, isso pode ajudar a evitar que a coluna seja danificada.

Caso não seja possível evitar carregar menos peso uma boa opção são as mochilas de rodinha, lembrando que a alça das mesmas não deve ser nem maior nem menor que a altura do braço estendido, e se possível a criança deve alternar os braços de 10 em 10 minutos para evitar excesso de esforço.

Mais dicas entrar no site www.itcvertebral.com.br

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