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Senador pede ao STF para investigar suposta rachadinha de Alcolumbre

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O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (29) uma notícia-crime pedindo a apuração da existência de um esquema de rachadinha no gabinete do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Segundo reportagem publicada pela revista Veja, seis ex-assessoras de Alcolumbre, moradoras da periferia do Distrito Federal, revelaram terem sido contratadas no gabinete do senador para devolverem a maior parte dos salários, de até 15 mil reais, e não trabalharem. Elas ficavam mensalmente com valores que variavam de R$ 800 a R$ 1.350. O esquema teria gerado um lucro de cerca de 2 milhões de reais ao ex-presidente do Senado.
“Não se pretende – repise-se – atribuir sumariamente culpa ao senador Davi Alcolumbre, mas apenas levar ao conhecimento desta Corte fatos que, se vierem a ser reputados verdadeiros, merecem a devida e ulterior responsabilização”, diz Alessandro Vieira na notícia-crime apresentada ao Supremo.
Na peça, o senador do Cidadania solicita que a notícia-crime que apresenta seja distribuída a um dos integrantes do Supremo e que o fato chegue ao conhecimento do procurador-geral da República, Augusto Aras, para a realização de diligências e tomada de depoimentos das seis ex-funcionárias do gabinete de Alcolumbre que relataram as irregularidades.
“O senador em questão é titular de mandato eletivo majoritário, ex-presidente do Senado Federal e ocupa atualmente a presidência da Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) do Senado Federal. É despiciendo dizer que não pode alegar desconhecimento do que se passa em seu próprio gabinete – ainda mais considerando-se, segundo o conteúdo veiculado, que as funcionárias ‘fantasmas’ nunca compareceram naquele recinto”, diz Alessandro Vieira na notícia-crime.
Vieira é o único senador que tomou iniciativa de apurar responsabilidades envolvendo o esquema de rachadinha no gabinete de Davi Alcolumbre. Nem senadores de oposição vieram a público para cobrar explicações do colega do Amapá.
Reação de Alcolumbre
Em nota divulgada após a publicação da reportagem, Alcolumbre negou denúncias de rachadinha e disse que a prática de confiscar salário de servidores é “repudiável”.
“Sou surpreendido com uma denúncia que aponta supostas contratações de funcionários fantasmas e até mesmo o repudiável confisco de salários. Nunca, em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados, que somente tomei conhecimento agora, por ocasião dessa reportagem”, escreveu o senador suspeito.
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