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A crise no Oriente Médio

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[Instagram @alexmedeiros1959]

As tensões aumentaram após o ataque de drones e foguetes do Irã contra Israel no fim de semana. Mas o fato e o fogo passaram longe de se aproximar de um indício de ensaio da Terceira Guerra Mundial como exageraram alguns meios de comunicação e perfis nas redes sociais. Até porque foi um ataque anunciado, ou como se diz no futebol, um tiro telegrafado.

Mais de 99% dos drones explosivos e foguetes foram interceptados pela defesa aérea de Israel e também por navios americanos e ingleses. Até mesmo a defesa aérea da Jordânia derrubou misseis que atravessavam seu espaço. Após o show pirotécnico dos aiatolás, a ONU – pra variar – não decidiu porríssima nenhuma como faz há décadas desde à Guerra Fria.
A Casa Branca declarou no domingo que continuará empenhada em defender seu aliado histórico, mas deixando a observação em favor de uma não retaliação de Israel. Mas a posição de Joe Biden não contentou Netanyahu.
Nas reuniões do gabinete de guerra israelense, ficou decidido que haveria uma resposta, mas no momento certo. O regime do Irã declarou cessar fogo horas após o ataque, que segundo uma nota oficial teria sido apenas um aviso.
O clima de apreensão se mantém, até por todos saberem da especialização de Israel em não levar desaforo para casa. Os EUA e os aliados europeus da OTAN tentarão evitar uma escalada bélica num Oriente Médio já tão explosivo.
Ontem, a China apelou para que as partes se contenham e mantenham a calma e a moderação. Urge evitar a fervura das tensões. Aliás, nem China, nem EUA, nem Rússia querem ser arrastados para um conflito na região.
O Irã sabe do poder bélico de Israel e lançou ontem uma ofensiva diplomática em conversações com nove países. Disse que o ataque teve como objetivo dissuadir e alertar Israel, que se tomar novas medidas, terá uma resposta forte.
A mensagem foi transmitida ao Qatar, Índia, Malta, Egito, Arábia Saudita, Siria, Turquia, e União Europeia. Em Tel-Aviv, um integrante do conselho de guerra disse que a resposta não será agora, mas que o Irã vai encarar um terremoto.
Mas tudo isso se remete a ontem, e o tempo num ambiente crítico corre em velocidade diferente.
As discussões no gabinete de guerra são o mais importante que acontece neste momento. É onde serão tomadas as próximas grandes decisões estratégicas e onde serão realizados esforços globais para tentar influenciá-las.
Por maior que seja o esforço internacional para tentar evitar uma escalada, a decisão pertence em verdade a três pessoas: Benjamin Netanyahu; o ministro da Defesa, Yoav Gallant; e o antigo chefe do Estado-Maior, Benny Gantz.
Lembrem que um conflito entre Israel e Irã sempre pairou sobre a mesa da geopolítica. Faz tempo que as forças militares israelenses combatem generais e cientistas iranianos numa tática de enfraquecer a política nuclear no país.
E o Irã, por sua vez, ataca Israel por serviços terceirizados, patrocinando grupos terroristas como o Hamas, o Hezbollah e o Houthis. Aliás, foi na caça do Houthis que Israel matou militares iranianos num consulado no Iêmen.
Quem tiver esperança de que os EUA contenham Netanyahu, convém lembrar as palavras de Moshe Dayan, o herói da guerra de 1967: “Nossos amigos americanos nos oferecem dinheiro, braços e conselhos. Nós levamos o dinheiro, nós pegamos os braços, e nós recusamos o conselho”.

Disparos A imprensa estatal do Irã divulgou ontem que todos os mísseis hipersônicos disparados atingiram seus alvos escapando do sistema de defesa aérea de Israel. Mas nenhum desse tipo de míssil foi lançado, o resto foi interceptado.

Editoriais Demorou, mas os jornalões paulistas conseguiram ver o rei nu. E estão agora publicando editoriais desnudando o arbitrário e autocrático ministro Alexandre de Moraes e criticando veementemente os atos de censura e de perseguição.

Censura O empresário Elon Musk postou no seu perfil da rede X um vídeo com entrevista da juíza Ludmila Lins Grilo e que estava proibido por Xandão de ser exibida no Brasil. Ela teve seus perfis cancelados e conta bancária bloqueada.

Militares Os gastos com salários e vantagens dos ministros do Tribunal Superior Militar já estão em algumas pautas da grande imprensa, inclusive com questionamentos da necessidade de existência de uma corte dessa natureza.

Desmanche Até quando as Forças Armadas suportarão os ataques tácitos e abertos que visam seu desgaste de imagem e de infraestrutura? Tudo é parte da estratégia de uma esquerda que hoje tem apoio até de lideranças militares estreladas.

Ronnie Von O ícone do pop rock lançou concurso na mídia para batizar um drink preparado por ele. Pelo Instagram, destacou a sugestão do jornalista Rodrigo Hammer, “Flight Machine”, alusão ao seu LP psicodélico “Máquina Voadora”, de 1970.

Futebol A colunista do UOL Alicia Klein foi precisa em apontar como é fuleira o Brasileirão, sem gramados, sem juízes, sem glamour. O Brasil é a Itália dos anos 70/80, com campeonatos e clubes atrelados às empresas de apostas.

Inter Miami Messi vai mudando a realidade do time da Flórida. Depois de atrair astros de Hollywood, da NBA e MLB ao Lockhart Stadium, sábado ele arrastou 72.610 torcedores ao estádio de Kansas e ainda colocou o Inter líder da Costa Leste.

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