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Nas trilhas de Ojuara

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woden madruga [ [email protected] ]


Na gaveta dos papéis desarrumados encontro uma carta de Nei Leandro, escrita no Rio de Janeiro em maio de 1991, lá se vão quase 33 anos. Vai inteira:
“Rio, 1º de maio de 1991

Amigo Woden,
Desde que me afastei das agências de propaganda me sinto mais disposto a me sentar na máquina de escrever. O meu romance chegou às 150 páginas, mas resolvi parar por dois motivos. Um, involuntário: tem surgido muito trabalho para mim, desde que coloquei um anúncio no Globo (10 cm de coluna, cento e quinze milhas!) vendendo meus serviços com ‘free lancer’. O outro motivo: estou me iniciando no micro, que é uma loucura. Ainda não domino bem o bicho, ainda chamo o meu PC/IBM XT de Vossa Excelência, mas já estou desarnando.
Escrever romances em micro é uma maravilha. Logo, pedi a Sebastião Lacerda uma prorrogação do prazo, pois pretendo retomar o romance nas teclas do micro. Ele, que é um micromaníaco, deu a maior força. Não sei se já lhe falei, mas a Nova Fronteira (Sebastião, meu principal contato por lá) aprovou a sinopse do novo romance, com muito entusiasmo.
Pretendo, como já lhe disse, ser assíduo na TN. Por isso, hoje, Dia do Trabalho, estou preparando três matérias. Uma delas, já estava pronta: escrevia-a para um jornalzinho do Clube de Criação do Rio de Janeiro, que só circulará na segunda quinzena de maio. As outras duas escrevi hoje mesmo. É uma brincadeira, que pretendo revelar no terceiro capítulo. Aos amigos pode dizer que é sacanagem, mas aos Rosados da vida pode confirmar: Nei Leandro está escondido em algum lugar de Natal, entre Areia Preta e Búzios.
Outra coisa: passo a assinar, daqui por diante, só Nei Leandro. É como as pessoas me conhecem e me chamam. É um nome curto e sonoro. É também por uma questão de layout da capa de Ojuara, que precisa ser refeito: Nei Leandro de Castro ficaria muito grande naquele espaço.
Quanto a Neil de Castro, está morto e sepultado. Chega.
Vou terminar por aqui, porque ainda preciso escrever pro Lula. Não posso despertar tantos ciúmes assim.
Abração, Nei

Revista

Saindo o número 78 da revista da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, correspondente ao primeiro trimestre de 2024. Artigos, crônicas, contos, poemas. Em suas páginas estão, entre outros, Diógenes da Cunha Lima, Ivan Maciel de Andrade, Armando Negreiros, Jurandyr Navarro, Iaperi Araújo, Marcelo Alves Dias de Souza, Clauder Arcanjo, Jarbas Martins, Ângela Almeida e Sônia Faustino.
Este escriba ficou todo ancho, muito ancho, com o que Diógenes da Cunha Lima e Thiago Gonzaga escreveram sobre os 70 anos do “meu jornalismo”. Generosidade dos amigos.

No Instituto O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte está comemorando 122 anos de sua fundação (Natal, 29 de março de 1902). A data foi celebrada numa sessão realizada quinta-feira, dia 04, no auditório do Ministério do Trabalho no Rio Grande do Norte, bairro de Lagoa Nova. Destaque especial para a flauta de Carlos Zens.

Gargalheiras
O açude Gargalheiras (Paulo Balá Bezerra escrevia “Gargalheira”) foi destaque na tevê Globo e também no jornal impresso. Na edição de quarta-feira, 3, o Globo publicou:

  • O açude Gargalheiras, na cidade de Acari (RN), está próximo de atingir o nível máximo de sua capacidade – e deve transbordar em breve. Patrimônio histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico do Rio Grande do Norte, o local serviu de locação para o filme “Bacurau” (2019) e foi cenário para o esconderijo do personagem Luga (interpretado pelo ator Silvero Pereira) no longa-metragem de Kleber Mendonça Filho.
  • “Em Acari, comentou um morador do local, a expectativa pela sangria do Gargalheiras é em clima de Copa do Mundo. Tem gente que vai varar a noite na beira do açude só pra ver a água verter. ”
    O Gargalheiras sangrou no final da noite de quarta-feira, 3. Alegria, alegria. Treze anos que essa festa não acontecia.

Economia Deu nas folhas: O saldo positivo da balança comercial de bens no Brasil dobrou nos dois primeiros meses do ano. As exportações ficaram acima das importações em US$ 7,77 bilhões no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano. No mesmo período de 2023, o superávit foi de US$ 3,13 bilhões.

Na Academia Foi empossado sexta-feira, 5, na Academia Brasileira de Letras, Rio de Janeiro, o ambientalista, filósofo e poeta Ailton Krenak, ocupando a cadeira 5. Sucede ao imortal José Murilo de Carvalho. É o primeiro indígena a ter acento na casa de Machado de Assis. Foi saudado pela acadêmica Heloísa Teixeira e recebeu o colar das mãos da acadêmica Fernanda Montenegro.

Chuva Abril começando com chuvas em todas as regiões do Estado, mais concentradas no Oeste, mas o maior acumulado, do dia primeiro até 5 (sexta-feira), foi no município de Japi, no Agreste: 176 milímetros.As chuvas (acumuladas) do Oeste: Rodolfo Fernandes, 147 mm, Antônio Martins, 145, Severiano Melo, 131, Luís Gomes, 124, Mossoró, 93, Almino Afonso, 88, Martins, 87, Portalegre,80.
No Sertão do Cabugi: Angicos, 121; Fernando Pedroza, 98. No Seridó: Parelhas, 113, Acari, 60, São Fernando, 45, Caicó e Serra Negra do Norte, 42, Cerro Corá, 40.
No Agreste, além de Japi (176mm): Sítio Novo, 97, Campo Redondo, 78, Cel. Ezequiel, 76, Nova Cruz, 67, Lagoa de Pedras, 65. Na região Leste (Litoral): Parnamirim, 69, Pedro Velho, 50, Natal e Macaíba, 2 mm.

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