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Pioneirismo e expansão de serviços marcam história

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Em 1949, quando o Rio Grande do Norte ainda somava apenas 900 mil potiguares, os negócios locais giravam em torno das vendas a granel, do comércio de mercadorias, como confecções e ferragens, e de serviços ainda tímidos, como os de alimentação. Já o Turismo, na forma de atividade comercial organizada, havia surgido no início do século XX, mas ainda não existia no estado.


Sob este cenário econômico, no primeiro semestre daquele ano, foi fundada a Fecomércio RN, concebida para representar a classe patronal do comércio potiguar. A entidade iniciou as atividades na sede do Sindicato do Comércio Varejista, no número 175 da Rua João Pessoa, no Centro de Natal.

Marcelo Queiroz diz que entidade chegou a todo o estado promovendo o empreendedorismo | Foto: Divulgação/Fecomércio

Hoje, 75 anos depois, a instituição enfrentou as mudanças nas esferas social e econômica brasileira e se consolidou como a principal entidade de representação dos segmentos do Comércio de Bens, Serviços e Turismo potiguar, que respondem por mais de 360 mil empregos formais gerados no Rio Grande do Norte e por 76% do PIB do setor privado estadual.

Filiado à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Sistema Fecomércio RN é composto pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), que atua com foco na qualidade de vida dos trabalhadores; pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), cuja missão é promover a capacitação profissional, e ainda pelo Instituto Fecomércio (IFC), braço voltado à pesquisa e inovação.

O presidente da instituição, Marcelo Queiroz, destaca que, atualmente, são 20 unidades fixas espalhadas no estado e sete unidades móveis que levam serviços à população. “Chegamos a todas as regiões do estado, promovendo o empreendedorismo, mas também prestando um serviço ímpar. Somente em no ano passado, registramos 1,6 milhão de atendimentos, número que queremos superar neste ano tão emblemático”, afirmou.

Fachada da antiga sede da Fecomércio no RN

É assim que o Sistema Fecomércio RN vai além da representação patronal, sendo um dos maiores vetores de desenvolvimento social com atuação nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e assistência. É, ainda, a maior instituição de promoção da educação profissional voltada para o setor, atuando também como representante do segmento turístico. Neste sentido, instituiu a sua Câmara Empresarial do Turismo, que reúne representantes de entidades empresariais do segmento para debater e apresentar propostas ao poder público de modo a fomentar essa cadeia que movimenta mais de 50 setores no RN.

Militão Chaves, primeiro presidente da Fecomércio

“O turismo é um segmento vital para nossa economia, com ampla capacidade de transformar vidas e comunidades. Estamos trabalhando, por meio de parceiros locais e internacionais, para posicionar o RN como referência nacional e internacional em turismo sustentável”, disse Queiroz.

Sindicatos Empresariais são a base do trabalho da Fecomércio

Assegurar aos sindicatos filiados e as empresas as melhores condições para gerar resultados positivos e desenvolver a sociedade é a missão da Federação. Para isso, é mantido um diálogo contínuo com os poderes públicos a fim de que as entidades privadas do comércio, serviço e turismo usufruam de um mercado favorável para aqueles empreendedores que acreditam em seus sonhos e fizeram acontecer com suas próprias mãos.


Para além da celebração, Marcelo Queiroz também lança luz para toda a trajetória da entidade. “Desde a nossa fundação, a Fecomércio RN tem sido uma voz ativa e um pilar de suporte essencial para os empresários do nosso estado. E, por meio dos nossos sindicatos filiados, nos empenhamos em promover um ambiente de negócios competitivo, com segurança jurídica e um olhar para o desenvolvimento social”, ressaltou.

A entidade congrega 16 sindicatos patronais, sendo metade em Natal e a outra metade no interior, nas cidades de Assú, Caicó, Currais Novos, Macaíba, Mossoró, Nova Cruz, Santa Cruz e São Paulo do Potengi.

Outra importante ferramenta de atuação em prol do crescimento econômico são os assentos de representação em órgãos colegiados federais, estaduais e municipais, que somam mais 70, nos quais a Fecomércio defende os legítimos interesses e faz valer a voz dos empreendedores potiguares.

Empreendedores visionários construíram entidade
Em mais de sete décadas de trajetória, a Fecomércio RN foi liderada por grandes nomes, como Jessé Pinto Freire, Reginaldo Teófilo e João Dinarte Patriota, figuras de destacado espírito empreendedor, visão de futuro e alta capacidade de interlocução, que deixaram um grande legado em seus mandatos e que inspiram a condução da entidade.

Uma dessas personalidades foi Militão Chaves, primeiro presidente da Federação do Comércio, que teve sua história eternizada no livro “Antes que seja tarde”, editado pelo Sesc RN, e lançado no Fórum Fecomércio RN 75 anos – Caminhos para o Futuro, na quarta-feira, 24.

Nascido em Pau dos Ferros, Militão Chaves era o quinto de seis irmãos. Com 17 anos de idade, mudou-se de Santana do Matos para prosperar em Natal. Com 21 anos, Militão aproveitou a chegada das tropas norte-americanas para expandir os negócios.

Ao longo da vida e graças ao sucesso de seus empreendimentos, como o supermercado Armazém Natal e o edifício Barão do Rio Branco, Militão conquistou posições de destaque e se tornou uma das figuras mais influentes da economia potiguar.

De 1945 a 1947, ele liderou o Sindicato do Comércio Varejista do Rio Grande do Norte; e, em 1949, participou da fundação da Federação do Comércio do Rio Grande do Norte, sendo o seu primeiro presidente. Em seu mandato, garantiu a filiação da entidade à Confederação Nacional do Comércio, e contribuiu para a implementação das atividades do Sesc e do Senac no estado.

Durante evento no Teatro Riachuelo, o legado do primeiro dirigente foi reconhecido, com a entrega, in memoriam, da comenda João Dinarte Patriota, que homenageia personalidades e entidades que trabalharam em prol do desenvolvimento socioeconômico do RN. Na ocasião, a filha de Militão, Myrna Chaves, representou a família.

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