terça-feira, 30 de abril, 2024
27.1 C
Natal
terça-feira, 30 de abril, 2024

Samu Metropolitano para por falta de estrutura

- Publicidade -

Metade das 16 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência da Grande Natal (Samu Metropolitano) não está funcionando.  De acordo com funcionários da rede de saúde estadual, os veículos estão sucateados e com irregularidades na documentação. Esse foi o motivo alegado para a paralisação da categoria na manhã desta quarta-feira (28). A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), lamentou a ação dos funcionários e disse que a frota paralisada está “em manutenção e os serviços dentro do prazo previsto para conclusão.”

Sesap aguarda mais seis ambulâncias doadas pelo Ministério da Saúde para reforçar a frota

Sesap aguarda mais seis ambulâncias doadas pelo Ministério da Saúde para reforçar a frota

#SAIBAMAIS#De acordo com Paulo Martins, condutor da Samu, a maioria das ambulâncias está com problemas mecânicos, documentação atrasada, sem ar-condicionado e oxigênio insuficiente para atendimentos. A falta de refrigeração prejudicaria a condição dos medicamentos dado aos pacientes. “Isso faz as medicações e soros serem expostos a altas temperaturas e perderem  eficácia. As sirenes se desligam sozinhas no meio da ocorrência e viaturas não fecham as portas direito”, afirmou. Durante o ato, somente uma viatura, que fica no município de João Câmara, prestou atendimento na Grande Natal.

A média de atendimentos diários do Samu Metropolitano é  de 96 casos. Com a frota reduzida pela metade, cada equipe tem que dar conta de até 12 casos por dia. O deslocamento médio para cada caso é variado, mas o atendimento completo leva cerca de 50 minutos – cinco vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de 10 minutos. O maior fator para o aumento do tempo, no entanto, são as macas presas nos hospitais. “A gente leva tempo para chegar, mas quando as macas ficam presas nos hospitais isso dificulta mais ainda o nosso tempo de deslocamento”, contou Paulo Martins.

Ainda segundo Paulo Martins, mesmo veículos em funcionamento apresentam problemas. Elas ficam divididas em sete cidades, e quando quebram comprometem o atendimento da região, composta por 14 municípios. O estopim para a paralisação ocorreu em um destes casos: na madrugada desta quarta-feira (28), a única ambulância em funcionamento de Ceará-Mirim teve os pneus furados    por  grampos deixados por criminosos. “Quando uma ambulância quebra, é a pior situação porque você tem que deslocar outra para o mesmo atendimento”, continuou.

Outra situação que motivou a paralisação são quatro ambulâncias  que chegaram há um mês na frota, mas estão sem funcionar. A Sesap confirmou que recebeu recentemente os veículos, mas está esperando a “liberação do Detran” para deixá-las dispostas aos atendimentos. A pasta também informou que aguarda mais seis ambulâncias doadas pelo Ministério da Saúde e o processo de licitação de outras 15, somando 25 novas ambulâncias.

Durante o ato dos trabalhadores da Samu, faixas com os dizeres “na luta por condições de trabalho contra o sucateamento da Samu” foram colocadas na sede, em Macaíba. Eles pedem celeridade na renovação da frota. De acordo com os funcionários, a média de uso das ambulâncias é de seis anos, quando o ideal deveria ser quatro. “Elas rodam o tempo todo, o dia inteiro. É preciso que sejam novas para evitar problemas. A nossa frota já está antiga”, disse Paulo Martins.

Número
16
ambulâncias atuam na região metropolitana;

8
ambulâncias estão em funcionamento atualmente;

4
outras ambulâncias estão há um mês na sede da Samu Metropolitano, mas sem funcionar;

14
municípios dependem das ambulâncias da região metropolitana;

12 atendimentos são realizados diariamente por cada ambulância, em média;

50
minutos é o tempo médio de atendimento, de acordo com o sindicato.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas