A caçada aos detentos Deibson Cabral e Rogério Mendonça entra em seu 20° dia nesta segunda-feira (4) e as buscas continuam concentradas na região de Baraúna, cidade da região Oeste do Rio Grande do Norte, após relatos que apontam para uma outra aparição da dupla em uma comunidade rural da região. Agentes das forças policiais foram informados de que os detentos invadiram um galpão e agrediram o dono da propriedade, em busca de comida e celulares.
- Fuga de detentos do presídio federal de Mossoró: veja resumo do caso
- Mossoró: fugitivos são vistos em plantação e polícia faz novo cerco
- PF lista indícios que apontam para ajuda interna na fuga de presos em Mossoró
- Mossoró: empresa de “laranja” que fez obra em penitenciária tem contrato suspenso com ministério
O fato ocorreu no último domingo (4), conforme informações também divulgadas no portal O Globo. Com uma chave de fenda, os criminosos apertaram o pescoço da vítima e, após fazerem as exigências, fugiram do local. O contigente policial (formado por mais de 600 agentes) não os localizaram.
Aparição anterior
Na última quinta-feira (29), moradores da zona rural de Baraúna relataram ter visto a dupla. Eles pularam uma cerca e correram para dentro da mata. A rota de fuga teria sido no assentamento Vila Nova Dois, que fica ao norte da pequena cidade de 28 mil habitantes, perto da divisa com o Ceará.
Dois cães farejadores, do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, foram usados para procurar pelos suspeitos na região de mata. O cão labrador e a cadela, da raça Braco Alemão, são treinados em uma técnica usada em operações de busca de pessoas, em que o cheiro de um indivíduo específico pode ser reconhecido, mesmo entre outros odores.
A polícia também fez um cerco na estrada próxima ao local, onde a dupla teria sido vista pela última vez.
Fuga
Deibson Cabral e Rogério Mendonça fugiram da Penintenciária Federal de Mossoró durante a madrugada da Quarta-Feira de Cinzas (14), marcando a primeira do sistema de segurança máxima das prisões federais. De acordo com as informações divulgadas, os presidiários fugiram da cela por um buraco durante a madrugada e saíram pelo alambrado que cerca a unidade de segurança máxima.
Câmeras desligadas e falhas na iluminação estão entre os fatores listados nesta quinta-feira (15) pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para explicar a fuga de dois detentos na unidade federal de Mossoró, que se configurou como a primeira fuga de um presídio de segurança máxima no Brasil, registrada na última quarta-feira (14).