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Aumenta proporção de endividados no país, diz Fecomercio

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São Paulo (AE e ABr ) – No Brasil, a proporção de famílias endividadas cresceu 6,39% entre 2010 e 2011 e passou de 58,58% no fim de 2010 para 62,5% no encerramento do último ano –  o que representa 525 mil famílias nas capitais.  Os números fazem parte da pesquisa da FecomercioSP, que analisou dados de todas as capitais entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011. No período analisado, o volume da dívida teve um aumento de 11,57% nas capitais, passando de R$ 145,1 bilhões em 2010 para R$ 161,9 bilhões no encerramento de 2011. O valor do último ano equivale a R$ 13,5 bilhões em dívidas por mês.
Shopping em Natal: taxa de endividamento na capital potiguar superou a média nacional em 2011
O rendimento das famílias endividadas no período também aumentou, passando de R$ 491,5 bilhões para R$ 549,2 bilhões, ou R$ 45,8 bilhões por mês. O crescimento de 11,7% no rendimento permitiu que o brasileiro, apesar de endividado, comprometesse parcela ligeiramente menor da renda com dívidas. Na média das capitais, a parcela de renda comprometida passou de 29,53% para 29,49%. “Nó consideramos que a taxa de 30% é saudável e não prejudica o orçamento. O ideal é dividir a renda em um terço para gastos fixos, um terço para gastos voluntários e outro para dívida”, diz o assessor econômico da Fecomercio, Guilherme Dietze,

O levantamento também indicou que o número de famílias inadimplentes foi 2 pontos porcentuais menor, passando para 22,9% do total. Além disso, houve retração no total de famílias que afirmaram não ter condições de pagar as dívidas total ou parcialmente. Em 2011, 8% da população se encontra nessa situação, em dezembro de 2010 essa proporção era de 8,9%.

Em São Paulo, 47% das famílias tinham dívidas em dezembro de 2011. Em números absolutos, a capital é a que tinha maior quantidade de famílias endividadas – mais de 1,6 milhão. De 2010 para 2011, o total de endividados na região recuou 0,27%.

A capital com maior proporção de famílias endividadas é Curitiba (90,3%). O resultado de 2011 é 42,4% superior ao de 2010. O maior aumento na quantidade de famílias com dívidas, contudo, foi registrado em Florianópolis: 88,8% das famílias estavam endividadas em dezembro de 2011, 45,6% a mais que em 2010.

Aracaju encabeça o ranking das capitais que apresentaram recuo no endividamento, com queda de 11,1% no número de famílias com dívidas entre 2010 e 2011. Em números absolutos, Salvador foi a que registrou maior número de famílias que quitaram dívidas, numa redução de 9,24% do total de endividados, que chegou a 66,2%. Segundo Dietze, o aumento do salário foi o que permitiu que as pessoas pudessem aumentar suas dívidas sem aumentar o comprometimento com as dívidas, nacionalmente. “O importante foi que o aumento de renda proporcionou uma diminuição das famílias que têm dívidas. As famílias estão conseguindo quitar suas dívidas então não vemos um cenário crítico de endividamento”.

Para o economista, o estudo mostra que com a continuidade da renda do trabalhador as famílias continuarão se endividando, mas com condição para honrar os compromissos. 

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