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Emprego industrial cai pela 43ª vez

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Rio (AE) – O desemprego na indústria renovou um recorde de baixa em abril. Com a queda de 5,4% na comparação com igual mês de 2014, o emprego industrial atingiu o menor nível de pessoal ocupado da série histórica iniciada em 2000, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 43 meses, ou três anos e sete meses, de queda nessa base de comparação.
O setor de eletroeletrônicos é um dos que puxam o desemprego
Segundo Fernando Abritta, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, o desempenho ruim da indústria nos setores automotivo, de insumos para a construção civil e de eletroeletrônicos vem puxando o recuo no contingente ocupado.

O ramo “meios de transporte” registrou queda de 10,5% em abril ante abril de 2014 e teve a maior contribuição para o recuo do índice. Em “máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações” a queda foi de 12,4% na mesma base de comparação e, no ramo “produtos de metal”, segmento que atende à demanda da construção civil, de 10,8%.

Para o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), “a crise no mercado de trabalho da indústria brasileira mudou de patamar”. “Essa crise do emprego industrial é generalizada e ocorre há um bom tempo”, disse a entidade, em relatório divulgado hoje.

A pesquisa do IBGE mostrou também que a inflação elevada está corroendo os ganhos dos trabalhadores e, com isso, o custo com a folha de pagamentos na indústria registrou, em abril, a maior queda real (3,3%) no acumulado em 12 meses desde dezembro de 2003.

Segundo Abritta, o custo com a folha de pagamentos na indústria vem registrando queda desde janeiro de 2014.

Horas
O número de horas pagas pela indústria recuou 1,1% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, segundo o IBGE. Já no confronto com abril de 2014, a redução no indicador foi de 6,0%, a 23ª taxa negativa nesse tipo de comparação e a mais intensa desde setembro de 2009 (-6,1%). Na comparação com abril do ano passado, todos os 18 setores apontaram taxas negativas, com destaque para meios de transporte (-11,5%), alimentos e bebidas (-3,3%), produtos de metal (-11,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,2%), máquinas e equipamentos (-7,5%), calçados e couro (-11,6%), outros produtos da indústria de transformação (-8,8%), vestuário (-5,5%), metalurgia básica (-7,3%), refino de petróleo e produção de álcool (-9,9%), minerais não-metálicos (-3,8%), papel e gráfica (-3,7%) e indústrias extrativas (-4,6%).

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