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Pesquisas Ibope e Datafolha

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Agnelo Alves
Jornalista

A pesquisa do Ibope, registrando mais uma queda no percentual da presidente Dilma Rousseff e a estratificação nos mesmos baixos percentuais dos seus dois concorrentes, Aécio Neves e Eduardo Campos, revela outros dados, para mim, preocupantes. Já os dados do Datafolha, ontem publicados, acendem a luz vermelha para os três, Dilma, Aécio e Campos. Só 17% do eleitorado conhece os pré-candidatos à Presidência da República.

No Ibope, somados os percentuais de Aécio Neves e Eduardo Campos, a presidente Dilma Rousseff ainda ganha logo no primeiro turno. Mas, somados os percentuais de ambos aos percentuais dos votos nulos e em branco, o segundo turno estará assegurado. Aí seja o que Deus quiser. Segundo turno é outra eleição. A Justiça Eleitoral não contabiliza os votos nulos e em branco. Mas o Datafolha já registra empate técnico entre os três e praticamente anula o “Volta Lula”.

Os votos, pelo Ibope, em branco e nulos são consequência dessa coisa esdrúxula da chamada “democracia brasileira” decorrente da obrigação dos eleitores inscritos de votar. Que democracia é essa que obriga o eleitor a votar, se o eleitor não se identifica com nenhum dos candidatos? O certo seria o eleitor em questão não comparecer para votar. Em vez de votar em branco ou nulo.

Veja bem, o percentual de votos nulos e brancos somam menos da metade do eleitorado. Tanto que para confirmar sua maioria sobre os três pré-candidatos, seus concorrentes, é preciso o segundo turno. E se no segundo turno os eleitores continuarem votando em branco e nulo? Os pré-candidatos concorrentes são: Dilma, Aécio, Eduardo, Nulo e Branco.

O voto obrigatório fere gravemente o direito do eleitor de, livremente, não votar. Sendo antidemocrático. A obrigatoriedade do voto para maiores de 18 anos, até completarem 70 anos de idade, – facultativo, portanto, para os maiores de 16, além dos maiores de 70 – configura um atentado à democracia. Foi e é uma decisão política ferindo o direito à liberdade do voto.

Eu, por exemplo, aos 81 anos de idade, – completo em julho próximo – estou isento de votar. Mas vou votar mais uma vez, como o faço desde que completei 70 anos, em mil novecentos e vôtes para trás. Porque esse meu direito de votar ou não votar não é extensivo a todos os brasileiros maiores de 18 anos? Porque os políticos, na época da constituinte, temiam que acontecesse o que está acontecendo agora, uma parcela significativa do eleitorado votando nulo e branco.

Quadro local
Inacreditável, mas é verdade. Não há pesquisa registrada na Justiça Eleitoral sobre o quadro político-eleitoral para o Governo do Estado e a Senatoria, apesar de confirmadas as pré-candidaturas a governador de Henrique Eduardo, pelo PMDB e Robinson Faria, pelo PSD.

É possível, aliás, é certo, certíssimo, que foram feitas, recentemente, pesquisas para uso interno dos pré-candidatos. Porque não registrar e divulgar? Temos, no âmbito local, boas empresas que sempre pesquisaram, nada impedindo, entretanto, que empresas nacionais sejam contratadas, conquanto que sejam registradas para serem divulgadas.

Chapa federal
O Rio Grande do Norte tem oito deputados federais. Poderia e deveria ter nove. Mas, nem os partidos têm interesse – parece – e nem os eleitores, com certeza.

Em outubro, dos oito deputados federais, Henrique Eduardo, já é pré-candidato a governador, Fátima Bezerra é pré-candidata ao Senado e João Maia é pré-candidato a vice-governador. Três vagas, portanto, para três novos candidatos a deputado federal. Fala-se, ainda, que dois outros deputados já não disputariam a reeleição, Paulo Wagner, que estaria pleiteando aposentadoria e Fábio Faria para se dedicar à candidatura do pai a governador, Robinson Faria. A confirmar ou não.

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