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Rede paralela ajuda CPI covid

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Uma ‘rede paralela’ de informações tem ajudado a abastecer senadores que compõem a CPI da Covid no Senado na elaboração de perguntas, requerimentos e até mesmo na checagem das declarações prestadas pelos depoentes. Perfis nas redes sociais acompanham os trabalhos em tempo real, recuperam falas antigas dos convocados e ‘levantam’ dados úteis para próximas convocações. Algumas dessas páginas são seguidas, compartilhadas e comentadas pelos parlamentares. 
O presidente Omar Aziz (PSD-AM) é um dos que mais interagem no Twitter com internautas viciados na CPI, seja para rebater críticas, responder a sugestões ou fazer ironias. Na última sexta, ao ser questionado pelo perfil “JaIrme’s Vaccina Race” sobre que filme assistiria no fim de semana, respondeu: “Um filme de lutas das antigas – Retroceder nunca… render-se jamais.” Ele também já agradeceu ao perfil “Camarote da CPI” pelo “trabalho e ajuda”.
Juntos, os dois canais já somam mais de 264,7 mil seguidores ou “CPI Lovers”, como chamam os internautas que acompanham a cobertura, entre eles, o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL). O senador faz questão de ressaltar, durante os depoimentos, que é abastecido diariamente com dados coletados das redes sociais. Segundo a assessoria do parlamentar, são cerca de 40 voluntários, entre estudantes, pesquisadores de dados e médicos que fornecem observações relevantes aos trabalhos do colegiado.
Contra-ataque
Líder bolsonarista na CPI, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) prefere mais compartilhar do que responder a comentários sobre sua atuação nas redes. Na sexta, retuitou post do pastor Silas Malafaia afirmando que ele havia “detonado a falácia na CPI contra Bolsonaro”. O senador diz ser “questionável o uso por parte dos senadores de informações obtidas de perfis anônimos, financiados sabe-se lá com que recursos, para atacar o governo e a base parlamentar do governo”. Para o senador, é uma contradição os mesmos parlamentares que sustentam a narrativa de que o presidente Bolsonaro teria um “assessoramento paralelo” ou um “gabinete das sombras” se utilizem da mesma estratégia.
Do lado bolsonarista, perfis nas redes também abordam a comissão, mas com a #CPIdoCirco. A estratégia, neste caso, é desacreditar a investigação e tentar mudar o foco dos debates gerados por ela, priorizando temas relativos a Estados e municípios, como a compra de respiradores com recursos federais. O influencer Leandro Ruschel, com mais de 492 mil seguidores, usa seu perfil para criticar a mídia profissional e rebater senadores de oposição ao governo, como Renan Calheiros. Outro canal que passou a comentar a CPI, pelo lado governista, é o da ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel, acompanhado por 819 mil pessoas.
Robinson fala sobre candidatura
O ex-governador Robinson Faria confirmou ontem, em evento do Ministério das Comunicações, comandado pelo filho, Fábio Faria, que, “resolvendo a questão jurídica” na Justiça Eleitoral, “será candidato a deputado federal” nas eleições de 2022. O ex-chefe do Executivo estadual disse que vai até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasilia para restaurar sua elegebilidade, diante da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que  o tornou inelegível por oito anos por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2018. Robinson Faria entende a decisão como “um equívoco”. 
“Pegaram atos da minha governança, atos do dia-a-dia de um governador antes da eleição e levaram para julgamentos como se fossem crimes eleitorais, é surreal o que aconteceu”. O ex-governador confia na reforma da decisão em Brasília, vez que na Corte regional,  o julgamento do mérito foi de quatro votos a três pela sua inelegibilidade. “Não andei aliciando ninguém, foram atos de governança e nem para o segundo turno eu fui, existe um preceito no direito eleitoral, que é a potencialidade, qual foi a potencialidade?, se tivessem sido tão importantes esses atos, eu tinha ido nem pro segundo turno?”. Robinson afirmou que “irá até o  final, porque minha consciência está tranqüila”. 
Audiência Pública adiada
A Audiência Pública Remota de apresentação do Projeto Urbano Costeira Parque e dos Procedimentos de Licenciamento Ambiental foi adiada. A informação é do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN). A sessão virtual será reagendada, com data a ser definida. O objetivo da audiência é demonstrar a viabilidade ambiental para implantação do equipamento, que abrigará estrutura de lazer e esporte.  
Fome
Entidades da sociedade civil organizada voltadas para a segurança alimentar alertaram para o crescimento da pobreza e da fome neste período de pandemia do coronavírus. Em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados foi apresentado um levantamento com números do final de 2020, mostrando que 19 milhões de brasileiros estão em situação grave de acesso à alimentação. Os dados revelam que 55,2% da população brasileira sofre alguma ameaça ao direito aos alimentos. O estudo aponta que a pandemia provocou o agravamento de um problema que já vinha acontecendo há algum tempo. O panorama é pior na área rural e nas regiões Norte e Nordeste, mas a crise sanitária espalhou a fome por todo o País.
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