Isaac Ribeiro
repórter
Quando as chamadas rações secas, aquelas em grãos duros, vendidas em pet shops e supermercados, foram lançadas, foi um sucesso e ganharam muitos adeptos. Alguns mudaram completamente a dieta de seus bichanos, deixando de dar “comida de panela” e optando pela novidade. Mas eis que hoje surge uma corrente contrária, adepta da Alimentação Natural (AN) para cães e gatos. Natal já tem sua representação. 
Há quem queira estender seus hábitos saudáveis de alimentação para seus bichinhos de estimação.
E o que é essa tal de AN? Nada mais que um retorno à comida de panela, porém com mais critérios, algumas restrições e ingredientes nobres na preparação das porções.
Uma dieta dessa alimentação saudável é composta por vegetais, carboidratos e proteínas de origem bovina, suína e de aves. A diferença está no preparo e os benefícios são inúmeros, de acordo com a veterinária nutróloga Karla Danielle, uma das primeiras representantes dessa corrente em Natal, já com vários e fiéis clientes. Ela mantém um site com informações sobre a AN — www.petnature.com.br.
#SAIBAMAIS#“Comparada com a ração, a alimentação natural é mais rica em nutrientes, porque são frescos. Ela promove que o animal consuma mais água, tem a palatabilidade. Qual é o cachorro que não gosta do cheirinho de comida vindo da cozinha?”, indaga a veterinária, ressaltando também os benefícios para os animais portadores de alguma patologia, renal, cardíaca entre outras.
Processo artesanal, custo alto
Quase todos os alimentos que compõem os kits de dieta saudável são preparados no vapor, sem uso de micro-ondas ou nenhuma outro processo que altere a estrutura molecular dos componentes. As carnes são servidas mal passadas, quase cruas, para que os animais se beneficiem dos nutrientes. “Quanto mais processado o alimento, menos vitamina o animal absorve”, observa a veterinária. Ela comenta ser a AN algo sem mistérios, simplista até, possível de se fazer em casa.
Porém, ela aconselha o acompanhamento de um veterinário clínico, que goste e aceite a ideia da AN, ou de um com formação de nutrólogo, ou até mesmo um nutricionista ou zootecnista capacitado para orientar o dono do animal no sentido de balancear os componentes da dieta e para que o bicho não sofra nenhum dano nutricional.
A transição da ração em grãos para a alimentação natural é gradativa, feita num prazo de sete dias. “Tudo para que o animal não sofra alterações fisiológicas desagradáveis, como diarreia, vômito, que é comum até quando se muda a marca da ração”, diz Karla Danielle.
