Com o metro cúbico do gás natural veicular a um custo médio de R$ 2,50, a conta no final do mês não tem extrapolado o orçamento do taxista Alcides Galvão, que considera mais vantajoso abastecer com o GNV do que usar outros combustíveis. “Não se percebe a alteração no caso do gás, continuamos com a despesa normal”, conta o taxista, que gasta em média R$ 600 por mês para abastecer. Mas o valor desembolsado poderia ser menor, caso a redução nas tarifas promovida pela Companhia Potiguar de Gás (Potigás) tivesse chegado às bombas de combustível. Em fevereiro, as tarifas do gás natural foram reduzidas em R$ 0,06 no Rio Grande do Norte para clientes dos segmentos comercial, residencial e industrial pelo metro cúbico do gás. O novo cálculo tarifário se deu em virtude da redução nos valores de compra do combustível pela Potigás.
“O mercado de combustíveis é livre. A Potigás esperava que os postos repassassem a redução, o que segundo a Gerência Comercial não se confirmou”, explica o presidente da Companhia, Carlos Alberto Santos, mas conhecido como Beto Santos.
#SAIBAMAIS#O consumo do GNV também se manteve praticamente inalterado de janeiro a fevereiro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Nesse período, houve recuo de 0,39%, segundo dados da Companhia. O presidente da Potigás explica que, historicamente, os meses de janeiro e fevereiro registram uma baixa nos volumes de vendas da Companhia.
“Tivemos um aumento no consumo de GNV, que corresponde a 40% do faturamento da Companhia, ao mesmo tempo que registramos a regressão da indústria, que corresponde a 46%. Houve incremento de vendas com o aumento das conversões veicular”, disse.
Comparação
Segundo levantamento da Companhia Potiguar de Gás entre o GNV, a gasolina e o álcool, o custo por quilômetro rodado do GNV fica em R$ 0,195, enquanto a gasolina chega a R$ 0,389 e o álcool R$ 0,466. “Levando em consideração o consumo mensal do motorista, a economia com o GNV chega a 58% na substituição ao uso do álcool e 50% no comparativo com a gasolina”, calcula.
A pesquisa, realizada no último dia 30, tomou como base os preços dos combustíveis fornecidos pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). O menor peso no bolso fez aumentar a procura pela conversão de veículos no primeiro bimestre de 2016, que dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. A média de veículos adaptados para o uso do GNV nos primeiros 60 dias do ano está em 3,36 veículos/dia, segundo a Potigás, enquanto no mesmo período do ano passado era de 1,97 veículos/dia.
“Essa economia gerou a migração do consumidor para o GNV, com o crescimento das conversões em 70%, diante da alta dos combustíveis líquidos”, afirma Beto. A frota de GNV atual do estado é de 45.864 veículos.