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Porto, um vinho de muitos estilos

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O Porto é um vinho basicamente de corte ou mistura de uvas ou vinhos, de quintas ou vinhedos e de safras diversas, com raras exceções a esta última, para o qual 29 castas são autorizadas, dentre as quais 19 são tintas e 14 são brancas. Basicamente existem dois tipos de vinho do Porto: Ruby e Tawny, mas cada tipo apresenta estilos diversos, consoante o tempo de maturação e o nível que ocupa na hierarquia de classificação da DOC Porto.
Entenda os tipos e categorias de uma das mais clássicas bebidas do mundo
O tipo Tawny contempla numa categoria ascendente os: Tawny corentes, o nível mais básico, produzido com misturas de castas de várias quintas e de safras de vários anos, envelhecidos em cascos (geralmente pequenos) de carvalho, por um período médio de 03 anos, onde oxidam apresentando uma cor aloirada, de onde se origina seu nome: tawny.

Nesta gama não há muito que esperar dos vinhos, que são sempre fáceis, de consumo rápido e qualidade variável. Acima deste nível vem o “Tawny Reserva”, com envelhecimento médio entre 05 e 07 anos, também resultante de misturas de castas e de safras e proveniente de vinhos “melhores”, onde começam a surgir o estilo de cada quinta.

 Nesta categoria a cor do vinho é muito variável, podendo ir do vermelho ruby mais claro ao aloirado como o tawny corrente, consoante ao estilo de cada casa.

Os vinhos são igualmente de consumo rápido, e não maturam na garrafa. Acima desta categoria estão os Tawny com indicação de idade, vinhos também de misturas de safras e uvas distintas de melhores procedências. Estes Tawnys podem ser de 10, 20, 30 e mais de 40 anos, sendo esta idade indicada no rótulo um tempo médio de envelhecimento em pequenos cascos de carvalho permitindo ao vinho uma oxidação que os torna tanto mais complexos quando mais velhos.

A cor vai clareando na medida em que a idade aumenta e os aromas sugerem frutas secas, oleaginosas e notas de mel. Estes também são vinhos que não se beneficiam da guarda e ao chegarem ao mercado estão prontos para o consumo. Nesta categoria não são todas as casas que produzem 30 e 40 anos, pois isso requer que se tenham vinhos muito antigos em estoque e o preço destes vinhos no mercado são de todo incompatíveis com seus custos de produção.

Todos os vinhos até aqui citados, por não se beneficiarem do envelhecimento em garrafa deve tê-la guardada de pé. Por fim, nesta categoria temos o “Porto Colheita”, um Tawny que envelhece por no mínimo 07 anos em cascos de carvalho, produzidos com misturas de uvas, mas de uma só safra, que virá descrita no rótulo. Este é o único tawny que pode apresentar alguma evolução em garrafa com o tempo.

Na próxima semana abordarei nesta página o tipo Ruby, uma categoria de Porto bastante diversa que, igualmente, vai dos correntes à jóia da coroa, os Vintages, com qualidade e longevidade a perder de vista.

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