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Ranking da Vip põe Maria Boa entre as dez melhores

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Numa escolha feita às cegas, por um júri formado por dez degustadores, a cachaça potiguar Maria Boa, produzida pelo médico Frederico Araújo Lima, figura no segundo ranking das dez mais promovido pela revista VIP. A reportagem foi publicada na edição do mês de setembro de 2012. O critério utilizado pela publicação foi o processo de envelhecimento em barris de madeiras nativas. Foram selecionadas 11 amostras, das principais regiões produtoras do País.
Degustação realizada às cegas e publicada na revista VIP de setembro, destaca a cachaça produzida na Fazenda Bom Jardim como uma das 10 melhores na categoria Amarela
Desde 2003, a cachaça Maria Boa está sendo produzida em Goianinha/RN e integra a fazenda Bom Jardim, dos herdeiros de Antônio Bento (em cuja varanda recebeu Mário de Andrade nos anos 1920). Ele faz parte de uma família que tem mais de 200 anos em tradição produtora na área.  O principal diferencial em relação a outras cachaças de qualidade produzidas no Brasil é o armazenamento com exclusividade em barris de madeira Amarelo Cetim, uma árvore de grande porte, com até 40 m de altura e 1 m de diâmetro, nativa da Floresta Amazônica, encontrada principalmente nas matas do Pará.  “O processo de amaciamento da bebida no Amarelo Cetim confere um buquê e um sabor de fruta silvestre muito agradáveis”, explica o produtor. 

A cachaça Maria Boa, produzida desde 2003 no engenho Bom Jardim, está sendo distribuída para as redes de supermercados Nordestão, Rede Mais, SuperShow, Bom Dia, entre outras, além de ser comercializada para atacadistas, lojas de conveniência, produtos do sertão, artesanatos etc. Também é revendida para cachaçarias em outros estados, como  Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Frederico de Araújo Lima, na foto com visitantes, ao centro, mostra onde a Maria Boa é envelhecida: barris de madeira amarela cetim, nativa da AmazôniaNo Brasil existem basicamente dois tipos de cachaça, a industrial, que é feita em grande escala, e a artesanal, feita em pequenas produções. Na industrial a cana é queimada antes do corte para facilitar o trabalho, a fermentação é acelerada e a destilação é feita em grandes alambiques de aço inox. “Tudo o que é produzido é aproveitado sem fracionamento e poucas são envelhecidas, a produção é gigantesca, principalmente a 51 no interior de São Paulo, a Pitu em Pernambuco e a Ypioca no Ceará”, explica Frederico Lima.

Na cachaça artesanal, o corte da cana é manual e a mesma não é queimada. Além da fermentação ser feita com fermento natural da própria cana, a destilação é feita em alambique de cobre. “Na destilação da cachaça artesanal é desprezada a cabeça, que desce queimando a garganta, e o rabo, que provoca a ressaca, que são a primeira e a última fração que saem do alambique. As boas cachaças só utilizam o coração, que é o meio da destilação. Isso representa em média 80% da produção. O restante é desprezado.

Baseado em pesquisa realizada no Laboratório de Desenvolvimento da Química da Aguardente (LDQA), do Instituto de Química de São Carlos (ligado à USP), o produtor declara que “uma boa pinga dá menos ressaca que alguns uísques”. A produção da cana para produção da Maria Boa ainda não é orgânica, pois depende de alguns requisitos que estão sendo implementados. O certificado demora cerca de quatro anos para sair.

CRITÉRIOS DE QUALIDADE DA CACHAÇA ARTESANAL

– Corte da cana sem uso de queimada.

– Moagem até  24 horas após a colheita.

– Uso de fermento (sem produtos químicos). 

– Destilação com temperatura controlada. 

– Envelhecimento em barris de madeira.

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