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Garrincha em Natal

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Deu saudade da Alegria do Povo. Mané Garrincha eternizou o drible como superioridade de um homem sobre o outro. Em fevereiro, fez 55 anos que Garrincha jogou um amistoso pelo Flamengo contra o ABC em Natal.

Dominado pelo alcoolismo e com o joelho direito estourado pelas pancadas e infiltrações, Mané era apenas uma nesga do passado. Mesmo assim, o Estádio Juvenal Lamartine lotou para vê-lo.


Garrincha estava no Flamengo desde novembro de 1968, levado pelos amigos, Silva Batuta, Paulo Henrique e Carlinhos, o Violino, depois de tentar o suicídio na Argentina. Em 1968, ele também defendeu o Alecrim e perdeu para o Sport(PE) por 1×0 inteiramente dominado pelo lateral-esquerda Altair Rosa.


No dia 9 de fevereiro – data em que também foram cassados os direitos políticos do ex-ministro e e ex-governador Aluízio Alves e do seu leal aliado, ex-deputado Erivan França, as arquibancadas e a geral do JL começaram a receber uma multidão logo no início da tarde.


ABC 1×2 Flamengo foi um jogo duro até os 28 minutos da etapa inicial, quando Jairo driblou Manicera e Onça e finalizou para as redes do goleiro Dominguez, fazendo o primeiro gol para o ABC, então desfalcado do ídolo Alberi, devolvido ao Santa Cruz. Alberi fez muita falta. O técnico Edmilson Piromba, que voltara a Natal após vitoriosa trajetória pelo Fluminense(RJ) tentara reforços mas só conseguira o arisco atacante Jairo.


Aos 11 minutos do segundo tempo, o árbitro Afrânio Messias marcou pênalti para o Flamengo, contestado fervorosamente pelos donos da casa. Até a torcida do ABC gritou o nome de Garrincha. Ele, que ensaiara dribles velozes como num milagre, sobra a defesa alvinegra, cobrou sem tanta perícia. A impressão que se teve foi. De que o goleiro Floronão se empenhou em buscar a defesa.


O rubro-negro manobrou como quis na segunda etapa, seguindo as ordens do seu técnico, o estrategista Elba de Pádua Lima, o Tim, sufocando o ABC no meio-campo e marcando a saída de bola da defesa, a cargo dos zagueiros Piaba e Babau, que distribuíra botinadas para evitar uma derrota fragorosa. Aos 45 minutos, Dionísio, o “Bode Atômico”, decretou a virada do Flamengo por 2×1. Reclamação unânime dos visitantes sobre o gramado. “É horrível” declarou o autor do gol da vitória.


O Flamengo venceu com Dominguez; Murilo, Manicera, Onça e Paulo Henrique; Carlinhos e Liminha; Garrincha, Reyes(Cardosinho depois Dionísio), Luís Carlos e Arílson. Técnico: Elba de Pádua Lima(Tim). O ABC foi derrotado com Floro; Batista, Piaba, Babau e Otávio; Arandir e Tonho Zeca; Babá(Izulamar), beto, Jairo(Cocó) e Burunga. Técnico: Edmilson Piromba.


A tragédia também se fez presente ao jogo. Torcedor do ABC, Manoel Pedro da Silva caiu de uma árvore atrás do Frasqueirão do ABC, sendo levado ao pronto-socorro do hospital das Clínicas, onde morreu aos 63 anos.


A temporada do Flamengo em 1969 em Natal prosseguiria com uma vitória mais sossegada sobre o América por 3×0. Garrincha, para surpresa geral, suportou os 90 minutos de partida e brindou o público com boas fintas sobre o lateral-esquerdo Newton.


Os gols foram saindo naturalmente. Luís Carlos Tatu(que depois jogaria pelo Vasco), ganhou na velocidade de Nivaldo e fez 1×0 para o Flamengo, que controlou a partida inteira, a ponto de o goleiro Dominguez fica o segundo tempo encostado na baliza que dá para o bairro de Mãe Luíza.


O Flamengo chegou a 2×0 com Dionísio e 3×0 novamente com ele. A superioridade do Flamengo impressionou a todos os 4 mil presentes ao JL. Os rubro-negros venceram com Dominguez; Murilo, Onça, Guilherme(Jaime) e Paulo Henrique; Liminha e Arílson(Cardosinho); Garrincha, Reyes, Dionísio e Luís Carlos.


O América do treinador Pedrinho 40 jogou com Válter; Pirangi, Cláudio, Nivaldo e Newton; Adeildo(Xuxa) e Véscio; Ribeiro(Alemão), Assis, Evando Pancinha e Lia.


O América estreava o atacante lemão, que seria o nome decisivo para a conquista do campeonato de 1969. Garrincha saiu do Flamengo ainda em 1969 e ensaiou um retorno frustrado pelo Olaria em 1972. Morreria em 1983 aos 49 anos.

América

O América está a dois jogos do título estadual e há 42 anos de conquistar um campeonato corrido, por inteiro, direto. Basta ganhar a semifinal e a decisão. O trabalho da SAF embora não seja brilhante, caso haja vitória no segundo turno, o América entra no campeonato da Série D com moral.
O ABC se acocorou a um tribunal e jogou às favas os seus escrúpulos de vergonha. O time é horroroso, está cansativo de repetir e o torcedor terminou um ser absolutamente bovino, inerte e desconfiado. É preciso mudar tudo.

Punições O Projeto de Lei 578/24 agrava as penalidades desportivas nos casos de infrações contra árbitras. O texto em análise na Câmara dos Deputados altera a Lei Pelé.Pela proposta, penas disciplinares para infrações cometidas contra árbitras esportivas deverão ser aplicadas em dobro nos casos de violência contra a mulher em competições profissionais e não profissionais.

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