O secretário de Obras Públicas e Infraestrutura, Tomaz Neto, afirma que o relatório entregue pelos técnicos do Sistema Geológico do Brasil aponta a necessidade de revisões no sistema de esgotamento sanitário do morro de Mãe Luíza, hoje gerido pela Caern.
“Entre as recomendações, está a necessidade de rever o sistema de esgoto. O sistema também precisa considerar as contribuições clandestinas”, afirma. Essas ligações ilegais são geradas quando os moradores impermeabilizam o solo dos quintais e desviam a água das chuvas para dentro da tubulação de esgoto.
#SAIBAMAIS#De acordo com Tomaz, no novo sistema de drenagem – projeto que está sendo concebido pela L.R. Engenharia – as tubulações de esgoto e drenagem ficam separadas. Atualmente elas são sobrepostas. “A área em que houve o deslizamento é problemática porque é o ponto mais baixo da duna, onde se concentram mais água e várias tubulações. No nosso projeto, sabemos que elas precisam ficar separadas, porque os químicos do esgoto podem prejudicar a tubulação da drenagem”, completou.
A Caern, porém, defende veementemente a capacidade do sistema de esgotamento da região, e nem pensa em revê-lo. “O projeto que existe hoje é o correto e não precisa ser revisto. Obedece às normas brasileiras. O que precisa ser revisto é a ação social, a conscientização”, salienta o gerente da regional Natal-Sul da companhia, Lamarcos Teixeira.
O gerente também garantiu que o esgotamento provisório da região deve ser concluído hoje. “Tivemos que parar para aguardar materiais, mas vamos finalizar tudo hoje”, acrescentou.
