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Espumante, o vinho da vez

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Gilvan Passos 

Réveillon sem espumante não é réveillon. Para um grande número de pessoas é até um mal presságio não abrir uma dessas garrafas cheias de pressão na virada do ano. E há que ser estourando (o que é um desproposito) senão, é como se o ano não tivesse acabado. O fato é que no Brasil não dá para dissociar o vinho espumante dos momentos festivos de celebração, congraçamento e alegria coletiva. A festa do réveillon ocorre no início do verão e se presta especialmente bem ao consumo deste tipo vinho, por suas semelhanças no que tange a glamour, pirotecnia, celebração, festa, frescor, leveza e congraçamento. O fervilhar das pérolas (perlage) na taça, enseja riqueza e prosperidade ao ano novo que se inicia. Mas se o final do ano é borbulhante, o que diremos então do veraneio em janeiro? Só vai dá espumante. Até porque tudo o que vestirmos, comermos e bebermos, precisa ser leve o bastante para que suportemos bem o calor que a cada ano só aumenta com o aquecimento global.  Então brinde o final do ano com um bom espumante ou com Champagne se puder, e prepare-se para um janeiro, orquestrado por um sol e um colorido intensos, que sugere mais espumante. Opte pelos brasileiros que estão em condições de igualdade entre os melhores produzidos no planeta, e compre o que o seu bolso permitir. Afinal há qualidade nos mais variados níveis de preços, e você não precisa gastar muito para beber bem. Brinde a chegada de 2020 e seja muito feliz para todo e sempre.  
Espumantes Pelo Mundo
O espumante é o mais versátil dos vinhos, podendo ser produzido com diversas variedades de uvas, como varietal ou assemblage (corte), por diversos métodos, em diversos países, de diversas cores, com o sem o ano da colheita no rótulo (sans anée ou millésime), de forma fresca ou maturada, filtrado ou com as leveduras (sur lie), e com inúmeros gradientes de estrutura. Mas as variáveis não param por aí. Existem ainda nomes dados a alguns espumantes produzidos no mundo que remontam a denominações de origens clássicas e consagradas por sua história e qualidade. Na França faz-se o Champagne, de longe a AOC mais tradicional, mas também os Clairette de Die, Vin Crémant e Vin Mousseaux. Na Itália faz-se o Prosecco no Veneto, mas também os Franciacorta da Lombardia, e o Lambrusco DOC da Emilia. Na Espanha faz-se o Cava em diversas regiões do país, na Alemanha faz-se o Sekt e em diversos outros países, em especial nos de língua inglesa, faz-se o Sparkling Wine. Todos são vinhos espumantes como o nosso espumante brasileiro, mas os de Denominações de Origens adquiriram nome próprio por virem de regiões específicas e serem produzidos por métodos e com uvas muito específicas, como é o caso do Champagne, Cava, Prosecco, etc.    

Vinho da Semana
Espumante Casa Valduga Sur Lie. Com maturação mínima de 30 meses em cave, e lançado com um lote inaugural limitado de 3.000 garrafas, este corte com 80% Chardonnay e 20% de Pinot Noir, parcialmente maturado em barricas de carvalho francês (10%), apresenta uma turbidez natural, resultante das leveduras preservadas na garrafa, e em seu serviço recomenda-se repousar a garrafa na vertical por 12 horas favorecendo a decantação das leveduras, ou servi-lo após uma leve agitação para sentir o espírito da bebida (as leveduras), que se integrarão ao corpo do vinho deixando-o turvo e deliciosamente selvagem. O mais é desfrutar.  
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