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Cidade suja

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Na bacia das almas, caiu um imeio da lavra do professor e escritor Geraldo Batista, andarilho das manhãs natalenses, observador atento e anotador correto do que acontece pelas calçadas e esquinas desta aldeia de Poti mais bela. Nas folhas locais, há tempo, são publicados seus artigos e crônicas. Sabe dizer das coisas este memorialista seridoense e viajor consagrado por terras de além mar. Basta conferir nos livros que já publicou. Desta feita escreve sobre a sujeira de Natal e da má educação de sua gente que costuma jogar lixo nas ruas.  Com a palavra Geraldo Batista:

– Preocupado com a quantidade de garrafas e de copos descartáveis que encontro todos os dias entre o prédio onde moro e o Bosque dos Namorados, onde caminho, resolvi sair de casa diariamente levando sacos de plásticos para recolher todas as garrafas e os inúmeros copos que encontro no caminho. Não deixo nenhuma garrafa e nenhum copo. No dia seguinte, apanho a mesma quantidade. O povo joga lixo na rua, religiosamente, todos os dias.

– Não quero bancar o herói, até porque já me chamaram de maluco pelo meu gesto. Pretendo apenas dar minha modesta colaboração para amenizar a proliferação do mosquito aedes aegipty. O ideal é que se fizesse uma campanha para que todos os que caminham pelas ruas fossem apanhando o lixo, pois convencer o povo a não jogar lixo, parece tarefa impossível. Por outro lado, a Prefeitura não coloca nenhum depósito nas ruas e assim as pessoas se julgam com o direito de jogar o lixo por onde passam. Certa vez, caminhei seis quilômetros pelas ruas de Compenhague, junto com minha mulher. A cada 50 metros havia, de ambos os lados da avenida, um depósito de lixo. À nossa frente seguia um casal comendo pistache e não jogou uma só casca na rua.

– Sabem os leitores o que a Urbana faz naquela área e nas demais ruas? Ceifa todos os meses as lindas chananas e deixa os copos e as garrafas para servir de criadouro de mosquito. Agora não encontrará nem copos nem garrafas no trecho onde passo. Apanho também todos os copos amassados, carteiras de cigarro vazias, etc.  para que,  quando chover, não entupem as galerias ou sejam levadas pelas águas para poluir o nosso rio. Gostaria de sensibilizar o pessoa da TV para fazer uma campanha nesse sentido.

Prêmio Jabuti

“Resmungos”, livro de crônicas do escritor e poeta Ferreira Gullar, ganhou o Prêmio Jabuti de “o melhor livro de ficção do ano”. Na categoria “não ficção”, ganhou “Latinoamérica – Enciclopédia contemporânea da América Latina e do Caribe”, organizada por Emir Sader. Os prêmios foram anunciados na noite de quarta-feira, em São Paulo. O Jabuti é considerado o mais tradicional prêmio literário do Brasil.

Quando soube do anúncio de que o seu livro tinha sido escolhido “o melhor do ano”, supreso, Ferreira Gullar disse:

– Para alguma coisa serve o cara durar um pouco mais.

O poeta está com 77 anos de idade.  O seu livro, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, é ilustrado pelo artista  plástico Antônio Henrique Amaral.  Para Ferreira Gullar, o livro tem uma originalidade: “é um livro de arte em cima de um texto de coisas efêmeras que é a crônica.

Novos acadêmicos

 A Academia de Medicina do Rio Grande do Norte dará posse, na noite do dia 8, a três novos acadêmicos: os doutores Ivo Barreto de Medeiros, Ney Marques Fonseca e Edilson Leite Pinto Junior.

Som da Mata

O Som da Mata, de domingo, no Parque das Dunas, é com o grupo Takasax, formado por alunos da Escola de Música da UFRN: Leonardo Tomé (sax barítono), Java Ferreira (sax soprano), Yuri Dantas (sax alto) e Luciano Júnior (sax tenor). Parelham com o quarteto de saxofones, Luciano Junior, no contrabaixo, e Juscelino Brito, na bateria. Tem música nordestina, frevo, por exemplo, baião e MPB tipo Pixinguinha, Tom Jobim, Waldir Azevedo, por aí.

Homenagem

A homenagem do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte ao escritor Manoel Rodrigues de Melo, pela passagem do seu centenário de nascimento, será  no dia 7, quarta-feira da semana que vem.

Pegando o boi

Começa amanhã o III Encontro dos Vaqueiros da Ribeira do Acari, destacando-se na sua programação, a Missa do Vaqueiro, e o II Pega de Boi no Mato. Tudo vai acontecer  na Fazenda  Pitombeira, que fica coisa de três quilômetros de Acari. A missa será celebrada às 17 horas no sítio Bico da Arara.

Sim, tem também forró pé-de-serra puxado por Gilvan do Acordeon. O poeta Bob Mota confirmou presença.

Vamos ler

Ivoncísio de Medeiros sopra no búzio anunciando que  o saite www.dominiopublico.gov.br, do Ministério da Educação, oferece, gratuitamente, a leitura dos maiores clássicos da literatura universal. De Machado de Assis  a Dante com a Divina Comédia. Só de literatura portuguesa o cara vai encontrar 732 obras para ler na sombra. Tem também em MP3 e telas, por exemplo, de Leonardo da Vinci.

Tem que acessar o saite para que o projeto não seja desativado. Vamos lá, gente., enquanto a Copa não chega.

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