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Contando os dias

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Jornal de WM
Woden Madruga [ [email protected] ]

Você dá um giro pelo interior, anda por algumas feiras, evita as cavalgadas (bebe-se muito mais do que se cavalga e tem muito mais moto do que cavalo), entra em alguns alpendres para uma boa prosa e a pergunta que mais se ouve é a mesma: E o impeachment? A palavra é dita em vários sotaques. Quase não se tem outro mote. Até mesmo a eleição de prefeito e vereador, que é o esporte cívico mais praticado por estes interiores (este ano tem), desceu para um segundo ou terceiro plano. Do lavajato, quase não se faz mais perguntas, mas todos continuam perguntando se ainda chove este ano, interesse emparelhado com a espera da pauta de Brasília. Todos sabem das coisas, pois todos estão encangados nas redes sociais, mas todos querem mais detalhes.

Bom, esta semana a Comissão Especial do Senado vota o parecer do relator Antônio Anastasia. Pode ser até na sessão de amanhã, quarta, 4, consagrado a São Ciríaco. Ontem, a comissão ouviu mais três defensores do impeachment e hoje deverá ouvir três juristas a favor da presidente Dilma.  Vota-se, então, o relatório amanhã. Para aprovar o parecer são necessários 11 votos. A comissão é formada por 21 senadores. Na conta da Bolsa de Apostas de Brasília, o governo teria apenas cinco votos. Aprovado o parecer, o processo irá para o plenário do Senado, onde todos os senadores (são 81), votarão. A votação, cumprindo os prazos regimentais, acontecerá na próxima semana, dia 11, que cai numa quarta-feira, lua em quarto crescente.

Se aprovado o pedido de impeachment, no mesmo dia 11, a presidente Dilma Rousseff deixa o Palácio do Planalto. Aí o Michel Temer assume, interinamente, a presidência da República, enquanto o Senado terá até seis meses para cassar ou não o mandato da presidente. Os observadores políticos de Brasília acreditam que este prazo será bem menor. Fala-se até que o Senado está disposto a eliminar as férias parlamentares dos senadores que ocorrem normalmente no mês de julho. É bom ter cuidado pois agosto é tido com um mês trágico no calendário político brasileiro. Basta conferir as biografias de Getúlio Vargas e Jânio Quadros.

A queda do PT
Acompanhado a pauta de Brasília, para que o leitor (também eleitor) não se perca no meio do caminho é fundamental que  esteja atento ao que escreve a analista política Dora Kramer. O seu artigo de domingo, no Estadão, tem o título de “Ponte para o passado”. Transcrevo alguns trechos, começando pelo começo:
– Quanto mais se aproxima do precipício, mais velocidade o PT imprime à caminhada em direção à queda. Queima caravelas e parece construir uma ponte para o passado, comportando-se como o partido que perdeu três eleições presidenciais antes de vencer quatro vezes consecutivas a partir de uma reformulação de imagem.
– Os movimentos do partido, no governo e respectivas áreas de influência nas últimas semanas indicam a preparação de uma retirada absolutamente em desacordo com as práticas mais corriqueiras nem se diga do manual republicano, mas de civilidade, de bom senso e, sobretudo da lógica na perspectiva de quem não pretende abdicar da atividade política.
– Nada do que dizem o fazem a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva e seus correligionários guarda relação com a sensatez. Ao contrário, mais parecem personagens dos episódios da História Mundial relatados pela escritora americana Bárbara Tchman sore atos insensatos que levaram seus autores a construírem a trajetória das próprias derrocadas.
– Vejamos alguns dos mais recentes exemplos da marcha da insensatez petista. Os discursos agressivos da presidente da República a levaram a contratar desafetos quando necessitava de todo apoio que pudesse reunir.
– O incentivo à de militantes, cuja culminância (por enquanto) deu-se na quinta-feira quando apoiadores do governo armaram barricadas em várias cidades, interditando avenidas, agredindo o direito de ir e vir da população a título de atrair “visibilidades” aos protestos contra o impeachment. Certamente não conquistaram adeptos à causa entre os “engarrafados”.

No placar O placar da Folha de S. Paulo  aponta 51 senadores a favor do impeachment (abertura do processo) e 21 contras. Há 9 senadores indecisos.
No placar de O Globo: 50 a favor; 21 contra; 10 indecisos. São precisos 41 votos para a abertura do processo.

Aluízio Alves Foi aberta ontem e irá até o dia 8, no Cemitério Morada da Paz, em Emaús, a exposição “Aluízio Alves, 10 anos de saudade”, lembrando os 10 anos do seu falecimento.
A exposição está montada no salão principal do Morada e ficará aberta a visitação no horário das 10 ás 18 horas. Os painéis fotográficos mostram a trajetória da vida de Aluízio. São peças que fazem parte do acervo do Memorial Aluízio Alves.

Livro
Deu na coluna de Ancelmo Gois:
– “O caçador de histórias”, livro póstumo do escritor uruguaio Eduardo Galeano, que a LK&PM lançará no Brasil este mês, vendeu 45 mil exemplares na Argentina em menos de 20 dias. A obra encabeça as listas dos mais vendidos por lá. O livro foi lançado também na Espanha e no México e a versão em português, para o Brasil, será a primeira tradução da obra.

Orquídea No rastro das comemorações do Dia das Mães começa quinta-feira, 5, no Sam’s Clube, na Avenida Salgado Filho, o Fest Orquídeas. Vai até o dia 8, domingo. Entre as plantas e flores haverá cursos também.

Saúde De um conhecido médico potiguar, de plantão noite de sábado no Bella Napoli, comentado numa roda as mudanças na Secretaria de Saúde do Estado:
– Mesmo com a indicação de uma ortopedista para o cargo de Secretário de Saúde, dificilmente ela conseguirá aliviar o quadro caótico. São muitas fraturas e poucos faturas.

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