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Tempo de terremotos

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O terremoto do México tirou Brasília das manchetes, mas o agitado mundo da política permanece com destaque nas capas dos jornais e nas vitrines iluminadas da tevê. A pauta política é variadíssima e tem acepipes para todos os paladares. Nas bandas daqui, por exemplo, a lauta mesa da sucessão estadual chega a causar indigestões quando servida de acordo com o que pensam os “analistas” da política local com lugares cativos na floresta dos blogues. São impressionantes as especulações de tais experts. Muita arte (esperteza) e alguma ciência.

Dando uma passada rápida pelas calçadas da internet, notei que o discurso de Temer na ONU teve pouco destaque nos jornais. O presidente permanece em posição de desconforto e ontem havia na pauta do Supremo outra acusação contra ele. Denúncia contra político sempre tem preferência nas pautas dos jornais.  Mas a fala do general Mourão, pregando uma intervenção militar no país caso o Judiciário não esbarre a corrupção dos políticos, também disputa o camarote do noticiário.

O general não foi punido e nem será. Está estampado nas primeiras páginas: “Comandante do Exército descarta punir general que sugeriu intervenção”.  Abro a Folha de S. Paulo e está lá a notícia contada assim

– O comandante do Exército brasileiro, Eduardo Villas Bôas, afirmou que o general Antonio Hamilton Mourão não receberá punição por ter sugerido uma intervenção militar no país”.

Entrevistado por Pedro Bial, da Globo, o comandante do Exército disse que havia, sim, falado com o general Mourão, mas apenas “para colocar as coisas no lugar, mas punição, não”. Favas contadas.

Bom, mais adiante, lendo a coluna de Ancelmo Gois, de o Globo, o leitor encontra mais uma nota sobre as falas dos generais e com uma revelação surpreendente, estampada no título: “General que defende golpe será candidato à presidente do Clube Militar”.

Confira a nota, que vem com um subtítulo “Subversão no quartel”:

– O general Gilberto Rodrigues Pimentel, presidente do Clube Militar, comunicou os associados, em carta, a disposição do general de Exército Antônio Hamilton Mourão “de participar do pleito como candidato” à sucessão dele.

– Hamilton, secretário de economia e finanças do Exército, é o que, semana passada defendeu um golpe militar se o Judiciário não solucionar o problema.

Tem mais
As falas dos generais também são motes da coluna de Josias de Souza (do UOL), o primeiro, aliás, a comentar a palestra que o general Mourão fez numa loja maçônica (sexta-feira, 15) de Brasília.  Na coluna de ontem, do meio para o fim, Josias faz comentários contundentes sobre o episódio e suas consequências.  No começo está escrito assim:

– O general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, informou que não cogita punir o também general Antonio Hamilton Mourão por ter defendido uma “intervenção militar caso o Judiciário não resolve o problema da corrupção”.

– Elogiou o subordinado: “O Mourão é um grande soldado, uma figura fantástica, um gauchão…”. Tentou virar a página: “É uma questão que já consideraram resolvida internamente”. Mas inaugurou um novo capítulo da polêmica ao declarar que a Constituição concede às Forças Armadas, “um mandato” para intervir se houver no país “a iminência de um caos”.

No Senado
Ouço agora, meio da tarde de quarta, na CBN:

– A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou nesta quarta-feira, 20, um requerimento para ouvir o ministro de Defesa, Raul Jungmann, para prestar esclarecimentos sore a fala do general do Exército Antonio Hamilton Mourão.

– Pelo requerimento aprovado, a audiência do ministro não tem caráter obrigatório.

Livro
Anote em sua agenda: dia 28, de hoje a uma semana, teremos no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, o lançamento do livro de Berilo Castro, A poesia na canção.

O Sebo no Parque
Uma novidade na Festa do Boi deste ano, no Parque de Exposição Aristófanes Fernandes:  um estande do Sebo Vermelho para venda e lançamento de livros. Abimael vai levar todo o seu estoque. A Festa do boi começa no dia 7 de outubro.

Me explica
O projeto “Me explica, me ensina”, do Curso de Letras da UFRN, tem nova versão agora no dia 25, segunda-feira, a partir das 19 horas no auditório do Instituto Ágora.

O tema é “Entre a legalidade e a justiça: análise do texto lei”, tendo como debatedores o juiz federal Mario Jambo e os pesquisadores Anderson Lanzillo (Departamento de Direito Privado) e Luís Passegi (Departamento de Letras Clássicas), da UFRN.

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Notícia boa (ás vezes acontece) que vem de Brasília: a Mesa do Senado vê a possibilidade, no rastro do projeto da tal reforma eleitoral, da extinção do horário eleitoral gratuito na tevê e rádio.
Além de ser um alívio, melhora a educação do povo.

Carro queimado
Já vai completando três semanas quase que um veículo (carro) foi queimado na avenida Duque de Caxias, Ribeira. O fogo foi apagado, mas o ferro velho queimado está no mesmo lugar. Exatamente na avenida mais importante do bairro esquecido.

O carro queimado e abandonado ocupa três vagas no estacionamento do canteiro central da avenida. É defronte ao Salão Café de Nalva, onde acontecem eventos culturais. 

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